As conhecidas pílulas ‘azulzinhas’, o Viagra, são parceiras importantes em momentos íntimos de muitos usuários, mas também pode ter outras funções, entre elas o combate contra o Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva. Segundo uma pesquisa do Centro Médico Monte Sinai, em Nova York (EUA), o princípio ativo do Viagra, chamado sildenafil, pode reduzir em até 60% o risco de ter o quadro.
O estudo foi feito com mais de 27 mil pessoas acima dos 65 anos — 50% dos participantes não fazem uso do medicamento para disfunção erétil e outros 50% o faziam. A pesquisa concluiu que o sildenafil, consegue bloquear a enzima que é comumente encontrada em altas taxas em cérebros com Alzheimer, a PDE5.
Quem faz o uso do sildenafil na terceira idade também pode obter outras vantagens: como o medicamento faz com que o suprimento de sangue no corpo aumente, a vascularização do cérebro também cresce e provoca uma melhora na saúde do órgão, o que reduz os efeitos da demência.
Uma outra análise, feita pelo Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, com um banco de dados de mais de 7 milhões de pacientes, relacionou o uso do Viagra a uma redução de 69% na incidência de Alzheimer.
Os pesquisadores utilizaram uma metodologia computacional para rastrear drogas aprovadas pela Food and Drugs Administration (FDA), a agência de saúde dos EUA, como terapias potenciais para a doença de Alzheimer.
O estudo usou uma rede de mapeamento de genes e integrou dados genéticos e dados biológicos para determinar quais dos mais de 1,6 mil medicamentos aprovados pela FDA poderiam servir como tratamento eficaz para o mal de Alzheimer.
Os pesquisadores descobriram que os usuários de sildenafil tinham 69% menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer do que aqueles que não usavam o remédio.
Comparado com outros medicamentos que já tinham uma eficácia contra a doença comprovada, o princípio ativo do Viagra apresentou uma redução de risco de desenvolvimento da doença superior. Se comparado com losartan, a eficácia 55% maior; em relação à metformina, 63%. Entre os outros medicamentos até então não relacionados ao tratamento do Alzheimer, o sildenafil apresentou redução de risco de 65% em comparação com o diltiazem e 64% com a glimepirida.
Os pesquisadores do Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic indica ainda a possibilidade de o medicamento também oferecer soluções para outras doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O Alzheimer afeta o cérebro e lentamente causa a morte dos neurônios — causando perda de memória e deterioração cognitiva. De acordo com o Alzheimer's Disease International, a projeção global é de que 74,7 milhões de pessoas até 2030 sejam diagnosticadas com mal de Alzheimer.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.