A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em outubro, o uso do medicamento baricitinibe, conhecido pelo nome comercial Olumiant, para o tratamento da alopecia areata, doença autoimune que causa queda de cabelo.
O remédio já é aprovado no Brasil para o tratamento de covid-19, artrite reumatoide e dermatite atópica. O medicamento é fabricado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly e o preço pode ultrapassar R$ 5 mil.
No ano passado, a agência regulatória de saúde dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), também aprovou a indicação do Olumiant para a alopecia areata. A eficácia do medicamento foi observada em alguns estudos. Em uma das pesquisas, pacientes com 50% de cobertura capilar receberam de 2 a 4 miligramas de baricitinibe. Depois de 36 semanas, essas pessoas tiveram cerca de 80% de fios capilares no couro cabeludo.
Segundo a bula, o Oluminant é um inibidor seletivo e reversível das enzimas janus quinases (JAKs), em especial as JAK 1 e 2, que são responsáveis pela comunicação das células envolvidas na hematopoese (processo de formação e desenvolvimento das células do sangue), na inflamação e na função imunológica.
Alopecia uma condição caracterizada pela perda de pelos em áreas arredondadas e ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo — como nos cílios, sobrancelhas e barba. A enfermidade afeta ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos os portadores da enfermidade tenham menos de 20 anos. Popularmente, pode ser chamada de calvície.
As formas mais comuns da doença são a androgenética, cujo sintoma mais comum é o afinamento dos fios, e a areata, que se desenvolve quando as defesas do corpo humano interpretam o cabelo como um "invasor" e começa a atacá-lo.
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