A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) emitiu nesta semana os primeiros certificados de hidrogênio verde do Brasil. O documento assegura que os insumos produzidos pela EDP Energias do Brasil e por Furnas Centrais Hidrelétricas, subsidiária da Eletrobras, foram fabricados com energia de fontes renováveis, seguindo as diretrizes da Europa, continente visto como o principal potencial cliente do país nesse mercado.
A carga de 730 kg de Furnas foi feita a partir de energia solar e hidráulica na planta de Araporã, no Triângulo Mineiro. Já os 295 kg desenvolvidos pela EDP no Complexo Termelétrico do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, utilizaram energia solar como matéria-prima.
Até o momento, as iniciativas existentes no país negociam no que se chama de mercado voluntário, ou seja, com regras que dependem do que for definido por quem comprar o produto. O hidrogênio de baixo carbono ainda está em fase de regulamentação no país, com projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e uma minuta de regulamentação em elaboração no Ministério de Minas e Energia (MME).
Já existem mais de 30 memorandos de intenções pelo país visando a criação de novas fábricas da molécula. A expectativa é que o tema avance nos poderes Legislativo e Executivo. Segundo o MME, cerca de US$ 30 bilhões em projetos já foram anunciados e há uma estimativa de potencial técnico de produção da ordem de 1,8 gigatoneladas por ano.
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