Greta Thunberg foi alvo de críticas na Alemanha por sua posição pró-palestinos nesta segunda-feira (13/11), um dia após pedir um "cessar-fogo" enquanto usava um kufiya (lenço) palestino branco e preto durante uma manifestação pelo clima em Amsterdã.
Depois que um homem tentou interrompê-la, a ativista sueca começou a declamar "não há justiça climática em terra ocupada" junto com os participantes.
"Greta Thunberg abusou da absolutamente necessária e correta preocupação com a proteção do clima para adotar uma postura unilateral sobre o conflito Israel-palestino, sobre o qual não nomeia os culpados, não condena as atrocidades absolutas do Hamas", declarou Ricarda Lang, líder dos Verdes, aliado minoritário da coalizão de governo de Olaf Scholz.
"De fato, com estas declarações desacreditou a si mesma como imagem do movimento pelo clima", afirmou Lang.
É "triste que Greta Thunberg volte a empregar equivocadamente o cenário climático em seus próprios interesses", indicou a embaixada de Israel na Alemanha no X (antigo Twitter).
Em 7 de outubro, milicianos do Hamas mataram 1.200 pessoas em Israel e sequestraram mais de 240, segundo as autoridades israelenses.
O movimento de Thunberg, Sextas-feiras para o Futuro, denunciou o "genocídio" na Faixa de Gaza, onde morreram mais de 11.000 pessoas por bombardeios e a ofensiva terrestre de Israel, segundo o grupo islamista.
Luisa Neubauer, que lidera o braço alemão do movimento climático, afirmou ao semanário Die Zeit estar "decepcionada" com a visão parcial de Thunberg e indicou que analisarão com quem continuarão "mantendo uma base para trabalhar partindo de valores comuns".
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