19 de Setembro de 2024

Indígenas na Amazônia boliviana são afetados por incêndios florestais


Pequenas comunidades indígenas próximas de uma reserva natural ao norte do departamento de La Paz, na Bolívia, foram alcançadas pelo fogo dos incêndios florestais e os animais estão fugindo das chamas, informou o prefeito do povoado de Rurrenabaque, Elías Moreno, nesta segunda-feira (13/11).

"A flora e a fauna estão completamente queimadas, só se vê monte queimado, pegamos alguns macaquinhos e [vemos] os animaizinhos indo de um lugar para o outro, é um desastre", afirmou Moreno à AFP.

Ele lamentou que "não há água, não chove há quatro meses", e identificou como afetadas oito comunidades de nativos, próximas de Rurrenabaque e do Parque Nacional Madidi na Amazônia boliviana.

Os incêndios também são visíveis em San Buenaventura, um povoado vizinho e porta de entrada para a reserva natural de Madidi, que tem quase 19.000 km².

A emissora privada Unitel veiculou imagens do povoado de Buena Vista, onde o fogo está queimando casas de moradores.

Gonzalo Oliver, dirigente dos indígenas do Norte de La Paz, apontou a comunidade nativa de Tacana como uma das mais afetadas. "Perdemos de quatro a cinco casas na comunidade Tacana de Buena Vista", afirmou.

Os Tacana são cerca de 18.000 habitantes indígenas que vivem espalhados entre os departamentos de La Paz e Beni (nordeste).

No povoado de Villa Aroma, próximo a Rurrenabaque, é possível observar animais fugindo dos incêndios que são provocados para ampliar a fronteira agrícola.

Enquanto grupos de brigadistas lutam para apagar as chamas com pequenas bombas d'água portáteis, uma paca tenta fugir desorientada dos incêndios.

O vice-ministro de Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes, disse em entrevista coletiva que "não são incêndios de magnitude, não são incêndios descontrolados, estão sendo combatidos".

O governo de Santa Cruz (leste) reportou que registrava 12 incêndios florestais ativos até esta segunda e pediu ao governo que acionasse "as Forças Armadas" para apoiar o trabalho dos brigadistas.

A cidade de Santa Cruz, a mais populosa e capital econômica da Bolívia, registra há semanas um céu nublado pela fumaça causada pelo fogo.

O último informe do governo assinala que, até o mês passado, foram queimados 2.012.252 hectares na Bolívia, 23% de floresta e o restante de pastagens e savanas, uma cifra que, segundo as autoridades, é inferior a registros passados.

Fonte: correiobraziliense

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