Lisboa — O Brasil deve se tornar um dos principais mercados de atuação da Poly Cashback, acredita do CEO e fundador da startup, Alberto Levy, que está baseado em Madri, na Espanha. A aposta se baseia no forte interesse dos brasileiros por tecnologia e pelo elevado engajamento em programas de recompensas, o cashback. No caso da empresa, a devolução de parte dos valores gastos pelos consumidores por meio da sua plataforma é feita em criptomoedas. “Na Europa, ainda não se tem muito noção do que é o cashback, já, no Brasil, esse conceito está permeado na sociedade”, diz.
Levy conta que a startup já atua em 20 países. “O nosso objetivo é permitir que as pessoas entrem para o mercado de ativos digitais sem fazer investimentos. Sabemos que esse segmento é complexo, cheio de fraudes, mas é o futuro das finanças”, explica. Para desmitificar esse tema, a Poly CashBack agregou em sua plataforma quase 5 mil lojas no mundo, sendo mais de 1 mil no Brasil. A cada operação, o comprador ganha de volta, no ativo digital que escolher, um percentual do valor gasto.
Recentemente, o sistema agregou um browser que permite a navegação em bitcoins, o que também resulta em recompensas. O saldo acumulado em todas as operações ao longo do tempo pode ser transferido para uma conta bancária, convertido em reais, ser doado ou utilizado para a troca por produtos. “Também estamos num processo em que os usuários poderão consumir os produtos que desejam e pagar com criptomoedas. Esse modelo está em implantação no México, onde dois restaurantes já aceitam”, afirma Levy.
As perspectivas para o negócio são tão boas, que a startup abriu uma nova rodada de captação de recursos para reforçar o capital. Desta vez, a meta é agregar 1 milhão de euros (R$ 5,5 milhões) às operações, dos quais 250 mil euros (R$ 1,4 milhão) já entraram no caixa. “Lidamos com criptomoedas, mas a nossa empresa é muito regulada, com liquidez absoluta em todas as recompensas”, ressalta. Ele conta, ainda, que está em fase de negociação com um time brasileiro de futebol para o lançamento de um tolken que será distribuído por meio da plataforma. Há, também, uma carta de intenção com a Telefônica para um lançamento em 2024.
A dentista portuguesa Inês Santos, com 20 anos de profissão, também se voltou com tudo para o Brasil. CEO e fundadora da Dental Vortex, ela quer atrair para a plataforma da startup os profissionais da odontologia que estejam dispostos a compartilhar conhecimento, experiência e trabalhos, seja por meio de depoimentos, seja de fotos e de vídeos. O programa agrega um sistema de votação dos melhores casos. Assim, a cada mês, o mais votado pelos participantes recebe uma quantia em dinheiro, que pode chegar a 15 mil euros (R$ 82,5 mil).