Com os olhos fechados e muito concentrada, Polly Chan dança em Hong Kong em uma discoteca de um centro para idosos. Um remédio para a solidão, uma epidemia que tem alarmado os especialistas nesta cidade chinesa.
Junto com outras 30 pessoas, esta mulher de 71 anos participa de um programa piloto chamado "Noon-D", que significa "tarde de discoteca", criado para romper o isolamento das pessoas idosas, que está se agravando em Hong Kong.
"Rebelde" autoproclamada e entusiasta das discotecas desde sua adolescência, Polly Chan conta à AFP que não consegue dizer a sua família o quanto é infeliz. Assim, a pista de dança tem se transformado em consolo para suas aflições.
"Não tenho muito com quem conversar", disse Polly Chan. "Quando danço, me sinto melhor".
Desde julho, sessões de dança para idosos são realizadas todas as semanas.
A ideia, segundo a organizadora, Lai Sim-fong, surgiu em treinamentos realizados em Hong Kong, onde foram implementadas algumas das restrições sociais mais rígidas do mundo durante a pandemia de covid-19.
"O objetivo principal é aliviar a solidão e a falta de vida social das pessoas idosas", explica.
A discoteca fica cheia às tardes. Para Lai Sim-fong, o projeto ainda é insuficiente considerando as necessidades desta faixa etária em Hong Kong.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.