23 de Novembro de 2024

Entidades unem forças pelo combate ao câncer feminino no Brasil


A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), promove, na quarta (29) e quinta-feira (30/11), a 10º edição do Fórum de Controle do Câncer Feminino, com o tema: O paciente no Centro do Cuidado. O evento será no hotel Mercure Santa Justina, em São Paulo, e reunirá especialistas da oncologia e ONGs associadas.

O objetivo do fórum é abordar tendências na área do câncer e reunir as mais de 70 associadas da Rede Femama de conhecimento para que possam definir suas prioridades de luta. Em entrevista ao Correio, a médica mastologista Maira Caleffi, fundadora e presidente voluntária da Femama, abordou os principais desafios do controle do câncer feminino no Brasil.

“São três os principais desafios para o controle de cânceres: a educação, tanto da parte da comunidade, quanto de médicos e profissionais de saúde de atenção básica; e também o problema de gestão da jornada do paciente oncológico”, abordou. Deste modo, políticas públicas se mostram necessárias quando o assunto é educação da população. “Há um grande desafio quando o assunto é educação da população, desde os cuidados sobre uma vida mais saudável, até a prevenção e a conscientização. Enquanto nós não tivermos uma consciência coletiva no Brasil sobre a prevenção de doenças, será cada vez mais difícil o acesso de tratamento para todos”, afirma Maira.

Para a fundadora da Femama, ainda é preciso muito investimento e consenso de como fazer com que a gestão do cuidado dos cânceres femininos aconteça de forma mais ágil e cada vez mais precoce. “Ainda existe muito problema de infraestrutura, principalmente em centros fora das capitais. Se nós não conseguirmos emplacar novas tecnologias, mais pesquisa em políticas públicas, quando a gente sabe que 70% a 80% da população depende exclusivamente do SUS, nós vamos estar ignorando essa questão de atraso no cuidado do câncer”, pontuou.

Maira reforça que as estatísticas de mortalidade podem piorar. “Nós sempre estamos avançando na medicina, mas vemos que as políticas públicas não acompanham essa realidade", disse. A questão muitas vezes não é somente no impacto financeiro de novos tratamentos, mas a falta de processos claros, que faz com que se desacredite no serviço público. “Há pacientes que vão procurar uma consulta, mas os gargalos e demoras no atendimento e diagnósticos impedem que a paciente continue com os cuidados necessários”, explicou. Para a mastologista, a voz do paciente e o que ele sente, deve estar em primeiro lugar. “Cada um tem uma realidade e uma necessidade diferente”, finaliza.

Deste modo, o propósito da Femama e dos fóruns é unir forças das entidades que se dedicam à saúde da mulher em todo o Brasil, e levar essas discussões a nível nacional, levando o conhecimento aos gestores públicos, e de quem realmente pode definir prioridades sobre o câncer da mulher.

*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

Fonte: correiobraziliense

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