A taxa de desemprego no Brasil registrou mais uma queda, ficando em 7,6% no trimestre encerrado em outubro, ante os 7,7% observados em setembro. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população desocupada chegou a 8,3 milhões de pessoas, uma queda de 3,6% (261 mil) do que no trimestre anterior. Já a população ocupada foi de 100,2 milhões de pessoas, o maior contingente desde o início da série histórica, iniciada em 2012. O número é 0,9% maior que no trimestre anterior e 0,5% maior que o mesmo período do ano passado.
Com isso, o nível da ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – foi estimado em 57,2%, com alta de 0,4 p.p. ante o trimestre de maio a julho.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, exceto trabalhadores domésticos, chegou a 37,4 milhões, o maior contingente desde junho de 2014, quando registrou 37,5 milhões. Esse número representa um crescimento de 1,7% em comparação com o trimestre anterior e uma alta de 2,7% no comparativo interanual.
Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% frente ao trimestre anterior. Os contingentes de empregados sem carteira no setor privado, trabalhadores domésticos, de empregadores e de empregados no setor público ficaram estáveis no trimestre e na comparação interanual.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o mercado de trabalho teve recuperação puxada por informais e conta própria no pós-pandemia. No entanto, o cenário vem mudando de 2022 para cá. “Começamos a acompanhar um crescimento importante do emprego com carteira”, disse.
A taxa de subutilização — que faz a relação entre desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer trabalhar contra o total da força de trabalho — voltou a registrar queda. São 20 milhões de pessoas subutilizadas no país, o que gera uma taxa de 17,5% de subutilização. Esse é o menor nível desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015.
O rendimento médio real (descontada a inflação) teve alta de 1,7% frente ao trimestre anterior, estimado em R$ 2.999. No ano, o crescimento foi de 3,9%. De acordo com a pesquisa, a melhora é atribuída à expansão contínua entre ocupados com carteira assinada, que têm rendimentos maiores.
Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 295,7 bilhões, mais um recorde da série histórica da pesquisa. O resultado subiu 2,6% frente ao trimestre anterior, e cresceu 4,7% na comparação anual.
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