O senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou nesta quinta-feira (30/11) ter esperança de que a reforma tributária seja aprovada ainda este ano. A medida já aprovada na Câmara, modificada e aprovada pelo Senado, está de volta para análise dos deputados.
"Falar da reforma tributária é falar um pouco deste manicômio tributário que o Brasil vive nos últimos 40 anos. Foi um passo inédito importante que deu base para que o Senado pudesse debruçar sobre o primeiro texto aprovado em regime democrático de uma reforma tributária construída numa negociação com a sociedade brasileira de forma livre e democrática", apontou durante painel sobre a importância da cooperação público-privada na agenda do desenvolvimento sustentável no 3° Fórum Ferrero.
"Na minha fé, na minha esperança de que o Brasil vai aprovar e promulgar até o final do ano a reforma tributária. Pode não ser a reforma ideal, mas é a reforma possível para um país democrático onde construímos aquilo que a sociedade brasileira aprovou pelo seus representantes. A questão agora é que nós estamos lidando com dois grandes fundamentos. O tributo deixa de ser origem destino para ser destino. E outra coisa, o incentivo deixa de ser fiscal pra passar a ser orçamentário", emendou.
E acrescentou que a reforma tributária também se preocupa com a sustentabilidade.
"O que os cientistas falavam há duas décadas que o aquecimento global imporia um novo sistema de sustentabilidade para o mundo estava certo. Uma prova da parceria pública e privada foi o que aconteceu no Amazonas e na Amazônia em relação à Zona Franca. A floresta do meu estado está preservada e graças a esse compromisso do Brasil, o maior programa de sustentabilidade está sendo preservado na reforma tributária e é uma contribuição do povo brasileiro para o Brasil e para o mundo".
Também participante do evento, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) que presidiu o grupo de trabalho responsável pelas discussões da reforma tributária na Câmara rebateu que não faz sentido haver fatiamento da proposta e defendeu diálogo.
"Precisamos encerrar, prolongar a reforma tributária até a terceira semana de dezembro. Portanto eu defendo que não tem que ter alteração de mérito na Câmara. Também compreendo que não tem sentido nenhum fazer fatiamento. O que cabe é o diálogo", enfatizou.
"O mais pobre tem que saber que ele é o maior pagador de imposto desse país. É o pobre que ganha até dois salários mínimos que gasta 100% da sua renda no consumo. Nós já temos o maior imposto do mundo, ele é escondido, embutido e agora a sociedade vai saber. Isso é ganho de consciência, mais eficiência de gastos públicos". "É, de fato, uma grande reforma para reindustrializar o Brasil, disputar mercado internacional e valor agregado", concluiu.
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