O ministro da Energia saudita expressou seu firme repúdio a um acordo que inclua a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis na COP28, dando o tom das árduas negociações celebradas na cúpula de Dubai.
Um primeiro rascunho do acordo inclui a possibilidade de uma "redução/eliminação gradual" de petróleo, gás e carvão nas deliberações que deverão terminar em 12 de dezembro.
Mas o ministro saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, meio irmão do líder de fato e príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, manifestou à Bloomberg o desacordo da Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo.
"Absolutamente não", disse na entrevista em Riade. "E lhe asseguro que nem uma única pessoa - estou falando de governos - acredita nisso."
Cerca de 200 países devem chegar a uma decisão consensual na reunião de Dubai, que é celebrada ao final do ano mais quente da História.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, urgiu na semana passada, durante entrevista à AFP, que o mundo pare de consumir por completo os combustíveis fósseis para evitar uma "catástrofe".
O príncipe Abdulaziz afirmou que "gostaria de propor o desafio a todos aqueles que [...] saem publicamente dizendo que temos que [deixar de lado os combustíveis]. Eu lhes dou o nome e número de telefone, liguem para eles e perguntem-lhes como vão fazer isso".
"Se acreditarem que este é um assunto de estatura moral, fantástico, que eles o façam. Vamos ver o que podem fazer", acrescentou.
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