'Transversalidade é fundamental para a política industrial', diz CNI

O governo federal anunciou, em abril, a criação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), para formular e promover medidas que fortaleçam a produção e a inovação nas áreas da saúde, de insumos e merecimento e, também, na de equipamentos e dispositivos médicos.

Emmanuel de Souza Lacerda, superintendente de Saúde e Segurança na Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), participou do primeiro painel do CB Fórum Complexo Econômico-Industrial da Saúde: desenvolvimento, inovação e acesso, realizado pelo Correio, em parceria com a Johnson & Johnson, nesta quarta-feira (13/12), na sede do jornal, em Brasília. O superintendente afirmou que a CNI está construindo uma agenda com o governo federal e com o Ministério da Saúde para que haja contribuições efetivas para o sucesso da política industrial da saúde.

A principal meta do Geceis é criar um complexo industrial no setor que responde por 10% do PIB, mas tem um déficit comercial que já atingiu US $20 bilhões em importações.O governo federal aposta na parceria e colaboração entre setor público e privado, por meio das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), para financiar o complexo industrial. Lacerda frisou que o governo federal adotou uma governança diferente que está apresentando avanços. O novo grupo conta com 20 ministérios e órgãos federais.

“A de se reconhecer um avanço enorme nessa nova fase que o governo brasileiro coloca de construção de uma governança diferente. Uma política de fato, integrada com entre várias pastas do governo. Isso para o sucesso de uma política industrial é fundamental, ter essa transversalidade”.

Lacerda afirmou ainda que um dos desafios que a CNI consegue observar referente à política industrial da saúde é a dimensão do acesso que está interligada diretamente com o projeto do país de oferecer um sistema de saúde universal e integral para a população. “A política vem trazendo respostas para isso a partir da criação de uma base nacional, industrial e econômica, para dar resposta a esses desafios da universalidade e integralidade. Já tivemos avanços nesses 12 anos de política”, disse ele.

*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Doria