Diretor substituto do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Deceiss), do Ministério da Saúde, Marcelo de Matos Ramos, destacou que o Brasil tem potencial para criar um complexo voltado para a saúde. A fala ocorreu durante o evento CB Fórum Complexo Econômico-Industrial da Saúde: desenvolvimento, inovação e acesso, realizado pelo Correio, em parceria com a Johnson & Johnson, nesta quarta-feira (13/12), que teve transmissão ao vivo pelo YouTube e pelas redes sociais do jornal.
No evento, o diretor substituto apresentou o novo arco político e regulatório da produção e inovação da saúde no Brasil e destacou que, na espinha dorsal do documento, está expressa na questão da Matriz Desafio em Saúde trazida pela nova estratégia. “Remete essa questão do acesso universal à saúde para dar aquela maior legitimação em vez de uma mera indústria de produtos. Nós temos então o fundamento da política dentro das necessidades identificadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que se desdobra então nas plataformas e nos produtos”, comentou Marcelo. “Podemos de fato criar um complexo voltado para a saúde”, disse.
A matriz, apresentada pelo diretor substituto, se desdobra em dois blocos. O primeiro deles trata da preparação do sistema de saúde para emergências sanitárias, que inclui modernização das tecnologias e alternativas tecnológicas. “É uma herança da pandemia”, enfatizou Marcelo.
Já o segundo bloco são as doenças e agravos críticos para o SUS. “Nós temos então as doenças e populações negligenciadas, os cânceres, as doenças cardiovasculares, a diabetes, as doenças raras, as doenças associadas ao envelhecimento e outras doenças crônicas não transmissíveis”, detalhou o diretor substituto.
Marcelo ressaltou ainda que, entre os objetivos da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, está a redução da vulnerabilidade do SUS e aplicar o acesso universal à saúde, por meio do desenvolvimento e da absorção de tecnologias em saúde, além de fortalecer a produção local de bens e Serviços.
A abertura do evento, que ocorreu na sede do Correio Braziliense, nesta quarta-feira (13), contou com a participação do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Márcio Elias; e de Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde.
No primeiro painel, participaram Fernanda de Negri, diretora e pesquisadora no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Odnir Finotti, CEO da Bionovis; Emannuel Souza Lacerda, superintendente de Saúde e Segurança na Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI); e Amanda Spina, presidente da Johnson & Johnson Innovative Medicine Brasil. O tema abordado foi: O fortalecimento do complexo industrial da saúde e as perspectivas para o desenvolvimento econômico e social.
Já o segundo painel, que teve como tema Desafios para o Brasil: as parcerias para o desenvolvimento produtivo e os ganhos para a população, contou com a participação de Luís Felipe Giesteira, diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta Complexidade Tecnológica do Mdic; Cleila Guimarães Pimenta Bosio, diretora do Departamento de Bioindústria e Insumos Estratégicos da Saúde (Debio); e Marcelo de Matos Ramos, diretor substituto do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Deceiis).
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