A Boeing emitiu um comunicado para que as companhias aéreas donas de jatos 737 Max inspecionem os aviões a fim de verificar se há um parafuso solto no sistema de controle do leme. A situação foi informada pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), nesta quinta-feira (28/12).
“A Boeing recomendou as inspeções depois que um operador internacional descobriu um parafuso sem porca enquanto realizava manutenção de rotina em um mecanismo na ligação de controle do leme”, explica a FAA.
De acordo com a FAA, a Boeing “descobriu uma aeronave adicional não entregue com uma porca que não estava devidamente apertada”. Há 1.370 aviões 737 Max em uso em todo o mundo e a fabricante quer que todos passem pela inspeção.
As inspeções para encontrar o possível problema demoram cerca de duas horas e a FAA diz que manterá contato com as companhias aéreas para que elas sejam feitas o mais rápido possível.
O parafuso solto no leme pode representar um ponto crítico para a segurança dos passageiros e tripulantes da aeronave.
Os novos modelos fabricados passarão por uma verificação maior nesse ponto para que nenhuma aeronave saia das garagens da Boeing com o problema.
O 737 Max protagonizou dois grandes acidentes aéreos entre 2018 e 2019. A queda de dois jatos mataram 346 pessoas. O primeiro acidente ocorreu em outubro de 2018, com a queda de um jato da Lion Air próximo à Indonésia, que matou 189 pessoas.
O segundo, oito meses depois, vitimou 157 pessoas a bordo de um voo da Ethiopian Airlines, que caiu na África 13 minutos após a decolagem.
Os acidentes levaram à paralisação do uso deste modelo por 20 meses e voltou a circular em dezembro de 2020. No entanto, vários avisos de inspeção continuaram a ser alvo nos jatos.
O Correio entrou em contato com a Boeing, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. O espaço permanece aberto para eventual manifestação.
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