O papa Francisco pediu, nesta segunda-feira (8/1), que a comunidade internacional proíba a prática conhecida como "barriga de aluguel". "Considero deplorável a prática da chamada maternidade de aluguel, que ofende gravemente a dignidade das mulheres e da criança; e se baseia na exploração da situação de necessidade material da mãe", afirmou o religioso.
A Igreja Católica se opõe a essa prática, que consiste na implantação de um embrião no útero de uma "barriga de aluguel", que entrega o bebê ao casal solicitante após o nascimento. Em junho de 2022, o papa já havia descrito a situação como "desumana". Poucos países do mundo autorizam a prática e, quando fazem isso, a permissão é dada desde que o método ocorra sem qualquer compensação financeira envolvida.
Durante audiência com os membros do corpo diplomático da Santa Sé, o papa condenou a "comercialização" do corpo humano. "O caminho para a paz exige o respeito pela vida, por toda a vida humana, começando pela da criança não nascida no ventre materno, que não pode ser suprimida, nem transformada em um produto comercial", declarou o pontífice.
A barriga de aluguel comercial, ou seja, quando há uma recompensa financeira, é autorizada em alguns estados dos Estados Unidos. No Brasil, a prática é proibida. O que a Constituição brasileira prevê é que uma mulher que tenha vínculo sanguínea com o casal pode ser "doadora de útero" — ato conhecido como barriga solidária ou gestação por substituição.
*Com informações da AFP
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