Servidores do Poder Executivo federal, que compõem o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), divulgaram, nesta quarta-feira (10/1), uma contraproposta de reajuste para o funcionalismo. O documento enviado ao governo propõe recomposição salarial em três parcelas, a primeira de 9%, a segunda de 7,5% e a terceira de 7,5%, a serem implementadas, respectivamente, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026. O governo havia sugerido que o reajuste salarial para os próximos anos seja de 9%, em duas parcelas iguais de 4,5%, em maio de 2025 e maio de 2026.
Segundo o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, “achamos isso muito pouco, sobretudo porque os poderes legislativos e judiciais já tiveram reajuste de 18,3%”. A segunda parcela, argumentou, “entra agora em fevereiro de 6% e vão ter mais de 16% em fevereiro de 2025”.
“Nós achamos que não faz nenhum sentido o governo propor algo inferior e, sobretudo, deixar 2024 de lado. Ou seja, manter a política salarial do governo Bolsonaro de congelamento para 2024”, pontuou Marques.
“Legislativo e Judiciário concederam aos respectivos servidores reajuste de 19,03%, com implementação em três parcelas iguais de 6%”, reforçou o Fonacate no documento. Além disso, completou: “A média salarial do Poder Executivo Federal é bastante aquém daquela praticada pelos demais Poderes”.
Sobre os benefícios, o Fonacate sugere consignar, em Termo de Acordo, o compromisso de equiparação desses benefícios em relação aos valores praticados no Legislativo e no Judiciário até ao fim de 2026.
A proposta do governo para os benefícios era que o reajuste dos benefícios (auxílio alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar) fosse reajustado em cerca de 52%, a partir de maio de 2024. “Reconhecemos o esforço do governo federal em retirar a trava da LDO e corrigir benefícios em percentual superior à inflação acumulada desde o último reajuste”, disse a entidade no documento.
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