22 de Novembro de 2024

Inscrições para o Sisu 2024: como funciona seleção unificada de universidades para participantes do Enem


As inscrições para o Sisu 2024 (Sistema de Seleção Unificada) estão abertas. É a oportunidade de estudantes que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) concorrerem a vagas em universidades públicas estaduais e federais de todo o país.

Neste ano, o Sisu contará com 264.360 vagas, distribuídas entre 127 instituições de educação superior.

Criado em 2009, o Sisu é uma das políticas de acesso ao ensino superior do Ministério da Educação (MEC), pelo qual as universidades públicas oferecem vagas a estudantes que fizeram o Enem.

A seleção costumava acontecer duas vezes por ano: uma no início do primeiro semestre e a outra no início do segundo semestre. Agora, em 2024, haverá apenas uma seleção, em janeiro.

O processo seletivo é totalmente automatizado e utiliza as notas do Enem para classificar os candidatos.

Para concorrer a uma vaga no Sisu 2024, é preciso ter feito o Enem 2023 e ter tirado nota acima de zero na prova de redação.

Quem fez o Enem como "treineiro", ou seja, que ainda não concluiu o ensino médio, não está apto a concorrer.

As inscrições, que vão de 22 a 25 de janeiro, são gratuitas e devem ser feitas pelo site do Sisu — é preciso ter em mãos o número de inscrição do Enem e a senha cadastrada.

O candidato deve escolher até duas opções de curso, indicando a ordem de preferência, as universidades pretendidas, o turno e modalidade de concorrência (ampla concorrência, cotas ou ações afirmativas).

As opções de curso podem ser alteradas enquanto o período de inscrições estiver aberto — o Sisu considera válida a última opção registrada pelo estudante.

Caso o candidato tenha um desempenho que permita ser selecionado para ambos os cursos, prevalecerá a primeira opção.

Os candidatos são selecionados com base na nota do Enem, no número de vagas em cada curso e na modalidade de concorrência.

Algumas instituições de ensino exigem uma média e/ou nota mínima em determinada prova do Enem para que o candidato se inscreva em certos cursos.

Um curso de medicina, por exemplo, pode exigir uma média (soma de todas as notas obtidas nas provas do Enem, dividida por cinco) mínima igual ou superior a 560 pontos, e nota mínima de 400 pontos em Ciências da Natureza.

Além disso, as universidades podem dar pesos diferentes às notas das provas do Enem — para um curso de física ou química, pode ser que a nota de Ciências da Natureza tenha mais peso, por exemplo.

Desta forma, a nota do candidato pode variar dependendo do curso para o qual ele está concorrendo.

Enquanto durar o período de inscrição, o estudante pode consultar a sua classificação parcial, calculada com base nas notas dos candidatos inscritos na mesma opção.

Ela pode variar conforme novos candidatos forem se inscrevendo. Por isso, especialistas recomendam que os alunos entrem diversas vezes no site do Sisu durante a janela de inscrições e testem diferentes cenários (diferentes cursos em mais de uma instituição de ensino) com suas notas, para vislumbrarem diferentes possibilidades de ingresso na universidade com sua nota do Enem.

A nota de corte nada mais é do que a menor nota para ficar entre os selecionados na modalidade de concorrência escolhida de determinado curso.

Ela é calculada conforme o número de vagas e o total de candidatos inscritos.

O estudante pode, portanto, acessar o sistema diariamente para ter uma ideia se a disputa por determinada vaga ainda é viável ou se deve alterar sua opção de curso para aumentar as chances de ser selecionado.

Segundo o MEC, a nota de corte serve apenas como uma referência para auxiliar o candidato a monitorar sua inscrição — e não representa uma garantia de que o estudante será selecionado.

O MEC disponibiliza um simulador de notas de corte do Sisu online, que permite aos candidatos consultarem as notas de corte de edições anteriores.

O candidato pode acompanhar sua inscrição e ter acesso às classificações parciais e notas de corte por meio do site ou aplicativo do Sisu, disponível para Android e IOS.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 30 de janeiro.

Quem não for convocado tem a opção de entrar na lista de espera.

Para isso, deve manifestar interesse entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024.

Para participar da lista de espera, o candidato não pode ter sido selecionado para nenhuma de suas opções de curso.

É importante lembrar que não se trata de um processo automático — os estudantes precisam manifestar interesse em integrar a lista de espera.

No caso da lista de espera, o MEC lembra que a convocação para a matrícula cabe às próprias instituições de ensino.

Desta forma, é importante que os candidatos acompanhem as convocações da lista de espera junto às universidades.

*Texto originalmente publicado em 2020 e atualizado em 2024

Fonte: correiobraziliense

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