25 de Fevereiro de 2025

Confiança dos consumidores atinge menor nível em oito meses


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,4 pontos no primeiro mês deste ano e atingiu o menor nível desde maio de 2023, com 90,8 pontos. O levantamento, que é apurado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), ainda revela que o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, em 0,6 ponto, se consideradas as médias móveis trimestrais.

A queda de confiança foi observada tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto em relação às expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) — que também integra a pesquisa — recuou pelo segundo mês consecutivo e já atinge 77,6 pontos, o que representa o menor nível desde julho de 2023. Além disso, o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,3 pontos neste mês, e está em 100,2 pontos.

Para a economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, o resultado deste mês reforça uma tendência de desaceleração iniciada em setembro do ano passado. “O resultado é motivado pela piora das perspectivas sobre a situação atual e das expectativas para os próximos meses, assim como disseminada entre as faixas de renda, com exceção da confiança dos consumidores de renda mais alta, que subiu no mês”, avalia.

O ICC deste mês ainda revela que a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias foi o que mais influenciou para a piora da confiança em janeiro. Esse indicador registrou a segunda queda consecutiva, e atingiu o menor nível desde maio de 2023. Também houve recuo do indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica.

“Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, os juros e o endividamento elevados continuam a exercer pressão sobre a situação financeira e o consumo das famílias, contribuindo para a manutenção do indicador em patamar pessimista-moderado”, completa Gouveia.

A desconfiança é sentida em todas as faixas de renda, de acordo com o estudo, com exceção aos consumidores com o maior poder aquisitivo (renda superior a R$ 9,6 mil). Segundo a FGV, as famílias de classe média ou baixa ainda se mostram pessimistas em relação às expectativas daqui para a frente.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

Fonte: correiobraziliense

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