19 de Setembro de 2024

Quantos países ainda aplicam a pena de morte e quantas pessoas são executadas assim?


AVISO: Esse texto contém descrições explícitas de métodos de execução, o que pode ser perturbador para alguns leitores.

Um assassino condenado nos Estados Unidos deverá se tornar nesta quinta-feira (25) a primeira pessoa no mundo a ser executada com gás nitrogênio.

Também na quinta, um japonês foi condenado à morte por enforcamento por um incêndio criminoso que matou 36 pessoas.

O número de execuções está aumentando a nível mundial, apesar de muitos países terem abolido a aplicação da pena capital.

De acordo com os últimos números compilados pela Anistia Internacional, em 2022:

Os dados da Anistia Internacional são uma combinação de números oficiais, de dados dos meios de comunicação e de informações repassadas por pessoas condenadas à morte e pelas suas famílias e representantes.

A China não divulga informações sobre a aplicação da pena de morte.

Excluindo a China, a Anistia Internacional registrou 883 execuções em todo o mundo em 2022.

Esse número é 53% maior em relação às 579 pessoas executadas em 2021 e é o maior número de execuções desde 2017.

No entanto, é muito inferior aos números de 1988, 1989 ou 2015, quando mais de 1.500 pessoas foram executadas num único ano.

A Anistia Internacional afirma que pelo menos 2.016 sentenças de morte foram decretadas em 2022, em 52 países.

Em 2021, 56 países decretaram ao menos 2.052 sentenças de morte.

Muitos prisioneiros passam anos ou até mesmo décadas no corredor da morte antes de serem executados.

Vinte países executaram pessoas em 2022, em comparação com 18 em 2021.

A Anistia Internacional acredita que a China usa a pena de morte mais do que qualquer outro país. Acredita-se que o país executa milhares de pessoas todos os anos, mas isso não pode ser confirmado.

Além da China, os países que mais executaram pessoas foram o Irã, a Arábia Saudita, o Egito e os Estados Unidos.

A Anistia Internacional lista 11 países no mundo que executam pessoas de forma contínua todos os anos.

Eles incluem China, Egito, Irã, Iraque, Arábia Saudita, Estados Unidos, Vietnã e Iêmen.

Acredita-se também que a Coreia do Norte “provavelmente usa a pena de morte de forma contínua”, mas não é possível confirmar isso de maneira independente.

O número de execuções na Arábia Saudita em 2022 foi o mais alto dos últimos 30 anos.

Cinco países – Bahrein, Comores, Laos, Níger e Coreia do Sul – condenaram pessoas à morte em 2022, e estavam sem aplicar a pena há vários anos.

No entanto, o número de execuções nos Estados Unidos diminuiu desde o pico de 98 execuções em 1999.

A Anistia Internacional afirma que houve 325 execuções por crimes relacionados a drogas em todo o mundo em 2022, incluindo:

Em 2023, Cingapura executou a primeira mulher em quase 20 anos. Saridewi Djaman foi condenada por tráfico de heroína em 2018.

A pena de morte não é aplicada em 112 países, comparado com 48 em 1991.

Seis países aboliram a pena de morte total ou parcialmente em 2022.

Quatro – Cazaquistão, Papua Nova Guiné, Serra Leoa e República Centro-Africana – aboliram a prática completamente.

A Guiné Equatorial e a Zâmbia afirmaram que a pena de morte passaria a ser usada para os crimes mais graves.

Em abril de 2023, o parlamento da Malásia também votou pela eliminação da pena de morte obrigatória para 11 crimes graves, incluindo homicídio e terrorismo.

O parlamento de Gana votou pela abolição total da pena de morte em julho de 2023.

A Arábia Saudita foi o único país a listar a decapitação como método de execução em 2022.

Outros métodos incluíam enforcamento, injeção letal e morte por tiro.

O Estado americano do Alabama deve executar nesta quinta Kenneth Smith, condenado por assassinato, usando gás nitrogênio.

Ele será a primeira pessoa a ser executada usando esse método. Os advogados de Smith defendem que essa forma nunca experimentada é uma punição “cruel e incomum”.

O Alabama e dois outros Estados americanos aprovaram o uso de nitrogênio porque os medicamentos mais comumente usados em injeções letais se tornaram mais difíceis de encontrar.

A escassez das substâncias contribuiu para a queda no uso da pena de morte nos EUA.

Fonte: correiobraziliense

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