Milhares de israelenses favoráveis à reinstalação de colônias na Faixa de Gaza, incluindo vários ministros, se reuniram na noite deste domingo (28/1) em Jerusalém para instar o primeiro-ministro a realizar o projeto.
Membros do Likud, partido de Benjamin Netanyahu, e outros ministros de extrema direita participaram da manifestação, enquanto os combates entre o exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas continuam em Gaza.
"Chegou a hora de retornar a Gush Katif e incentivar a emigração voluntária", declarou o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, referindo-se a um grupo de colônias israelenses que estiveram instaladas em Gaza.
Outros 11 ministros estavam presentes na manifestação, realizada em um centro de conferências lotado em Jerusalém, de acordo com os organizadores.
Os participantes do encontro pediram a expulsão dos palestinos de Gaza e argumentaram que reintroduzir colônias é a única saída para garantir a segurança de Israel.
A manifestação mostra que um setor extremista, por muito tempo minoritário em Israel, ganhou terreno atualmente, o que pode ampliar as divergências entre Israel e seu aliado Estados Unidos.
Israel ocupou a Faixa de Gaza, assim como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, desde a guerra de 1967.
Atualmente, cerca de 400 mil israelenses vivem na Cisjordânia em colônias consideradas ilegais pela maioria da comunidade internacional, ao lado de três milhões de palestinos.
Israel retirou seus cidadãos de 21 colônias na Faixa de Gaza em 2005. O território abriga 2,4 milhões de palestinos, a maioria dos quais foi deslocada desde o início da guerra em 7 de outubro.
O conflito começou quando o Hamas atacou o sul de Israel na data e provocou a morte de cerca de 1.140 pessoas, principalmente civis, e sequestrou cerca de 250, de acordo com um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Entre os mortos, havia mais de 300 militares.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza, que já resultou em 26.422 mortes, sobretudo de mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
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