Novas imagens do Telescópio Espacial James Webb, desenvolvido pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), foram divulgadas nesta segunda-feira (29/1). As fotos mostram 19 galáxias ao longo do espaço. As imagens detalham uma estrutura espiral com combinação de luz infravermelha próxima e média. Os registros serão analisados pelo programa Física em Alta Resolução Angular em Galáxias Próximas (PHANGS, sigla em inglês). Mais de 150 astrônomos de todo o mundo participam do projeto. Confira aqui todas as imagens.
“As novas imagens de Webb são extraordinárias, mesmo para pesquisadores que estudam essas mesmas galáxias há décadas. Bolhas e filamentos são resolvidos nas menores escalas já observadas e contam uma história sobre o ciclo de formação estelar.”, celebra Janice Lee, cientista de projetos de iniciativas estratégicas no Space Telescope Science Institute.
As galáxias espirais são coleções de bilhões de estrelas. Elas possuem diferenças entre si, apresentando estrutura espiral em volta de um núcleo — esse que é constituído por um grande grupo de estrelas em proximidade.
As estruturas "captam" os buracos na distribuição do gás, que são criados por uma ou mais estrelas, transformadas em supernovas. “Esses buracos podem ter sido criados por uma ou mais estrelas que explodiram, abrindo buracos gigantes no material interestelar”, explicou Adam Leroy, professor de astronomia na Universidade Estadual de Ohio, em Columbus.
Todas as galáxias se desenvolvem de dentro para fora, portanto as estrelas são formadas nos núcleos das galáxias e se espalham ao longo dos braços espirais, ficando nas áreas externas. Assim, quanto mais longe uma estrela estiver no núcleo, maior a chance dela ser mais jovem.
As áreas próximas dos núcleos que são iluminadas por azul são populações mais antigas, e de acordo com Eva Schinnerer, cientista do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg, na Alemanha, caso o núcleo tenha difração rosa ou vermelha “este é um sinal claro de que pode existir um buraco negro supermassivo ativo”.
Além das fotos impressionantes, os pesquisadores fizeram a divulgação de quase 100 mil aglomerados de estrelas, o maior número encontrado até agora. “A quantidade de análise que pode ser feita com essas imagens é muito maior do que qualquer coisa que nossa equipe poderia realizar”, disse Erik Rosolowsky, professor de física na Universidade de Alberta.