O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou que o pacote de socorro à crise enfrentada pelas companhias aéreas será bancado pelo Tesouro Nacional, que envolve as despesas primárias. Segundo ele, uma proposta sobre o tema deve ser apresentada ainda neste mês.
“Não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos. O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”, disse nesta segunda-feira (5/2), após reunião com pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no Rio de Janeiro.
Uma das propostas em discussão prevê a criação de um fundo de crédito para as aéreas de até R$ 6 bilhões — cuja maior parte viria do BNDES. “Pode ter [um fundo], mas não vai envolver despesa primária, não estamos pensando nisso. “Tem uma equipe montada para fazer isso ao longo do mês, acredito que até fevereiro teremos um diagnóstico e uma proposta”, reforçou o ministro.
Haddad enfatizou ainda que o aumento das passagens não está relacionado ao preço da querosene de aviação (QAV), que acumula redução de 30,3% nos últimos 12 meses. “Quer dizer, isso não pode ser justificativa para o aumento de custo de passagem aérea, ele caiu durante todo o período do governo do presidente Lula, durante esse ano. E nós vamos entender melhor o que está acontecendo”, afirmou.
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