23 de Novembro de 2024

Focinho, tamanho e sexo de cães podem indicar tempo de vida, diz estudo


Você sabia que o focinho, a altura e o sexo podem determinar o tempo de vida dos cachorros? Um levantamento realizado no Reino Unido mostra que cães pequenos, mas que tem o focinho comprido vivem mais do que os outros.

A pesquisa da organização sem fins lucrativos Dogs Trust, uma das mais antigas do Reino Unido, divulgada em 1º de fevereiro deste ano, analisou mais de 584.000 cães em todo o território britânico e percebeu que o focinho, o tamanho do corpo e o sexo, podiam indicar a longevidade dos cachorros. O texto foi publicado na revista científica Scientific Reports em 1º de fevereiro.

Ao todo, 155 raças e cães "misturados" foram avaliados e, na maioria dos casos, a expectativa de vida mediana foi calculada para todas as raças individualmente e para o grupo mestiço. Depois, foi feita a combinação de sexo, tamanho e formato da cabeça.

Em todos os cães, a expectativa de vida média foi de 12,5 anos, mas houve variações pontuais entre raças. Aquelas em que os cachorros são dolicocefálicos (com cabeça estreita e longa) e pequenos tiveram a maior expectativa de vida média, de 13,3 anos, como os Dachshunds os Pastores de Shetland.

Já os cachorros braquicefálicos (com a cabeça achatada e o focinho encurtado) apresentaram as menores expectativas de vida, sendo 9,1 anos para os machos e 9,6 anos para as fêmeas.

“Um macho de tamanho médio e rosto achatado, como um buldogue, tem três vezes mais probabilidade de viver uma vida mais curta do que uma fêmea de tamanho pequeno e rosto longo, como um Dachshund miniatura ou um galgo italiano”, disse Kirsten McMillan, pesquisadora de dados e cientista da Dogs Trust.

Além disso, os cachorros de raças "puras" apresentaram uma maior longevidade do que os mestiços, de 12,7 anos em comparação com 12, respectivamente.

No quesito sexo, a pesquisa demonstrou que as fêmeas têm expectativa média de vida um pouco mais elevada (12,7 anos) do que os machos (12,4 anos).

“Agora que identificamos essas populações que correm risco de morte precoce, podemos começar a investigar o porquê. Isso nos dá uma oportunidade de melhorar a vida de nossos cães", destacou McMillan.

Apesar do resultado, os pesquisadores avaliam que a pesquisa considerou apenas cães do Reino Unido e que os cruzamentos de raças não foram tão profundamente explorados. Portanto, acreditam que mais pesquisas podem elucidar o tempo de vida de raças "projetadas”, como Labradoodles.

Fonte: correiobraziliense

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