19 de Setembro de 2024

Comer castanhas ajuda a emagrecer?


Ingerir castanhas ajuda no controle do peso e é uma forma eficiente de se obter energia da gordura, diz um estudo publicado na revista Nutrients. Segundo os autores, muitas pessoas temem ingerir alimentos como nozes e pistache, com medo de engordar. Porém, eles afirmam que o consumo de 150g a 200g do ingrediente semanalmente é, ao contrário, uma estratégia para manter o peso saudável.

A baixa ingestão de castanhas por grupos populacionais, incluindo adultos jovens na faixa dos 20 e 30 anos, é especialmente problemática, uma vez que correm alto risco de excesso de obesidade abdominal e de desenvolver síndrome metabólica (MetSx), ambas precursoras de diabetes. Os autores da pesquisa destacam que a taxa global de MetSx aumentou 21,3% neste grupo etário em cinco anos. 

Heidi J. Silver, pesquisadora de metabolismo, nutrição e obesidade do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, afirma que o novo ano é o "momento perfeito para acabar com os mitos de alimentos prejudiciais". Entre eles, diz, que o teor de gordura em castanhas e frutos secos no geral leva ao aumento de peso. 

No estudo, 84 adultos entre 22 e 36 anos que tinham, pelo menos, um fator de risco de síndrome metabólica — hipertensão, alto teor de glicose no sangue, excesso de gordura corporal ao redor da cintura ou níveis anormais de colesterol no sangue — foram divididos em dois grupos. Um deles recebeu um lanche de 30g de nozes mistas e sem sal, enquanto o outro ingeriu 30g de petiscos à base de carboidratos, como pretzels sem sal ou biscoitos duas vezes por dia, durante 16 semanas.

Sem que os participantes do estudo fizessem quaisquer outras mudanças em sua dieta, como restringir a ingestão de calorias, ou nos hábitos de vida, como começar atividades físicas, os pesquisadores observaram uma redução de 67% no risco de MetSx para mulheres e de 42% para homens no grupo das castanhas. Aqueles que ingeriram 30g de castanhas mistas duas vezes ao dia não sofreram alteração no peso corporal, ao longo de 16 semanas. Segundo Heidi J. Silver, as descobertas são consistentes com pesquisas anteriores. 

Nas participantes do sexo feminino, houve evidências de que a ingestão de nozes mistas levou à redução da circunferência da cintura, um fator de risco chave para síndrome metabólica, diabetes e doenças cardiovasculares. Entre os homens, foi observada redução de insulina no sangue, outro importante contribuinte para essas condições. 

Os pesquisadores também observaram que o organismo dos participantes, que se alimentaram com nozes, utilizou a gordura como energia de forma mais eficiente, em comparação com a ingestão do lanche à base de carboidratos. Isso poderia explicar por que não houve aumento no peso ou na gordura corporal durante o estudo.

Pesquisas anteriores também sugerem que o corpo absorve 5% menos calorias provenientes da ingestão de nozes do que se pensava anteriormente. "Projetamos especificamente o estudo para poder investigar os efeitos independentes do consumo de nozes no peso corporal, garantindo que o número de calorias que os participantes ingeriram durante o período de intervenção de 16 semanas correspondesse à quantidade das que gastaram em cada dia, o que é um dos pontos fortes gerais do desenho e dos resultados do estudo", destaca Silver.

De acordo com a pesquisadora, os resultados dos estudos sugerem que a ingestão desses alimentos pode ser uma parte importante da rotina de autocuidado de qualquer pessoa em 2024. Ela também observa que são necessárias pesquisas adicionais sobre a resposta cardiometabólica às nozes em outros subgrupos da população.

 

Fonte: correiobraziliense

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