23 de Novembro de 2024

Criança de 13 anos é a primeira no mundo a ser curada de câncer cerebral raro


Lucas Jemeljanova, garoto da Bélgica, tinha seis anos quando foi diagnosticado com glioma intrínseco difuso (DIPG), câncer cerebral raro e agressivo, que mata estatisticamente 98% dos pacientes. Atualmente com 13 anos, Lucas surpreendeu a todos ao descobrir ser a primeira criança no mundo a ser curada e não apresentar vestígios do tumor.

Normalmente espera-se que as crianças com o DIPG vivam um ano após o diagnóstico, estudos recentes apontam que apenas 10% ficam vivas dois anos depois. A radioterapia, em alguns casos, pode retardar a doença agressiva, mas nenhum medicamento até então havia se mostrado eficaz para cura.

Porém, os pais do menino, Credric e Olesja, o levaram à França para ser um dos primeiros inscritos no ensaio Biomede, que testava potenciais novos medicamentos para o DIPG. Lucas respondeu bem ao tratamento e o tumor foi desaparecendo gradativamente. Ainda não se sabe por que Lucas se recuperou tão bem.

“Lucas venceu todas as possibilidades”, disse Jacques Grill, chefe do programa de tumores cerebrais do centro de câncer Gustave Roussy, em Paris. Aproximadamente 300 crianças por ano nos Estados Unidos são diagnosticadas com DIPG, de acordo com o Dana-Faber Cancer Institute. Sete outras crianças no ensaio clínico foram consideradas como “respostas prolongadas” depois de não terem tido recaídas durante três anos após o diagnóstico, mas apenas o tumor de Lucas desapareceu completamente.

A possível razão pela qual algumas crianças respondem aos medicamentos e outras não é provavelmente devido às “particularidades biológicas” dos seus tumores, disse o Dr. Grill.

O DIPG apresenta tumor raro e agressivo pelo crescimento rápido, é normalmente encontrado em crianças entre cinco e nove anos. Esse tipo de tumor está localizado na base do cérebro e no topo da coluna, mas não se sabe o que os causa. O tumor pressiona a área do cérebro chamada ponte, que é responsável por uma série de funções corporais críticas, como respiração, sono e pressão arterial. Com o tempo, o tumor afeta os batimentos cardíacos, a respiração, a deglutição, a visão e o equilíbrio.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

Fonte: correiobraziliense

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