Autoridades e instituições nacionais lamentaram a morte do economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, aos 84 anos. Ele havia sido internado para passar por uma cirurgia no sábado (17/2), mas não resistiu. A causa da morte não foi divulgada.
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), onde ele atuou como secretário entre 1979 e 1983, expressou a importância do homem público para o desenvolvimento econômico do Brasil. “Pastore é reconhecidamente um dos economistas mais renomados do país”, afirmou a nota divulgada pela entidade.
“O secretário Samuel Kinoshita e o corpo de servidores da Sefaz-SP estendem suas condolências à família desse incansável estudioso das políticas econômicas que tanto se dedicou pelo país”, emendou.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), onde Pastore era coordenador do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), também expressou profundo pesar pela morte do antigo membro e destacou, ainda, a atuação do economista como professor de pós-graduação da FGV.
“Durante a sua carreira como economista, acumulou volumosa produção intelectual, sempre baseada em pesquisas de grande rigor técnico”, destacou a entidade, em nota.
O economista atuou, ainda, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), onde foi consultor econômico durante os anos 1990. Para o atual presidente, Abram Szajman, Pastore foi um “acadêmico brilhante e um visionário”, cujas ideias moldaram políticas e orientaram decisões em momentos cruciais no país.
“O seu trabalho agregou um valor imensurável ao pensamento econômico contemporâneo. Durante os anos 1990, tivemos a honra de tê-lo como consultor econômico da Fecomercio-SP, período em que somou conhecimento e experiência aos esforços da Federação na luta pela melhoria do ambiente de negócios”, lembrou, em nota, a Fecomercio-SP.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, também expressou condolências pela perda do ex-presidente do Banco Central. “Brasil perde um importante pensador e economista”, destacou, em nota.
“Além de ser um estudioso das nossas questões econômicas, teve relevante trajetória pública, atuando em momentos-chave, como na negociação da dívida externa brasileira quando era presidente do Banco Central. Deixa um relevante legado intelectual e uma lacuna no debate econômico nacional”, completou.
Um dos economistas mais respeitados do país, Pastore presidiu o Banco Central do Brasil entre 1983 e 1985, durante o governo do então presidente João Figueiredo. O economista teve importante atuação nas negociações sobre a dívida externa brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além de escrever livros e atuar como professor, ele também foi um dos fundadores e primeiro presidente do Centro de Debate de Políticas Públicas, órgão que reúne economistas e pensadores.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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