20 de Setembro de 2024

Mais de dois milhões de gado morrem devido ao frio extremo na Mongólia


Mais de dois milhões de cabeças de gado morreram na Mongólia devido ao frio extremo, informou um funcionário do governo nesta segunda-feira (26).

Este país sem litoral enfrenta um inverno (no hemisfério norte) muito rigoroso entre dezembro e março, com temperaturas que chegam a -50ºC em algumas áreas.

Nos últimos meses, as condições foram mais severas do que o comum com nevascas muito intensas, segundo um relatório recente da ONU.

Até esta segunda-feira, 2,1 milhões de cabeças de gado morreram de fome e exaustão, informou Gantulga Batsaijan, funcionário do Ministério da Agricultura.

Segundo dados oficiais, a Mongólia tinha 64,7 milhões de rebanhos de gado, incluindo ovelhas, cabras, cavalos e bois, ao final de 2023.

O país possui um termo conhecido como "dzud" para descrever as condições extremas de inverno associadas a desastres que causam a morte de um grande número de animais.

A ONU afirma que a mudança climática aumenta a frequência e a intensidade dos "dzuds" durante o inverno.

Na última década, a Mongólia sofreu seis "dzuds", incluindo uma catástrofe em 2022-23, quando morreram 4,4 milhões de cabeças de gado.

O "dzud" atual foi intensificado por uma seca durante o verão que impediu que o rebanho acumulasse gordura suficiente para sobreviver ao inverno, que "começou com fortes nevascas, mas depois a temperatura aumentou e a neve derreteu", explicou à AFP o pastor Tuvshinbayar Byambaa.

Com a elevação da temperatura, a neve derreteu e se transformou em uma camada de gelo que impediu o gado de acessar a grama, acrescentou ele, relatando que este fenômeno obriga muitos pecuaristas a acumular dívidas para alimentar seus animais.

A Mongólia é um dos países com menor densidade populacional do mundo e cerca de 1,1 milhão dos 3,3 milhões de seus habitantes são nômades.

O governo prometeu ajudar o rebanho com a entrega de forragem para tentar evitar mais perdas de gado, uma vez que a pecuária é uma atividade essencial para esta economia que tem a carne e a caxemira como suas principais exportações.

Fonte: correiobraziliense

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