22 de Novembro de 2024

O triângulo amoroso com Eric Clapton e George Harrison exposto em cartas leiloadas por ex-mulher


A ex-modelo Pattie Boyd está vendendo cartas que revelam seu notório triângulo amoroso com os guitarristas Eric Clapton e George Harrison, estrela dos Beatles.

Boyd foi importante para ambos os artistas nas décadas de 1960 e 1970, inspirando a música Something, clássico de Harrison, e os sucessos de Clapton, Wonderful Tonight e Layla.

Inicialmente casada com Harrison, ela foi procurada por seu amigo próximo, Clapton, em uma série de cartas de amor apaixonadas.

Agora ela está leiloando as cartas dos dois homens, junto com outros bens.

Boyd conheceu os Beatles quando foi escalada para o filme A Hard Day's Night (Os Reis do Iê, Iê, Iê, na versão brasileira) de 1964, e imediatamente sentiu uma conexão com Harrison, seu famoso guitarrista "quieto".

"Ele era bastante tímido, como eu. Acho que foi por isso que nos demos bem", disse ela em entrevista publicada no site da casa de leilões Christie's.

Eles namoraram por dois anos antes de se casarem em janeiro de 1966, período durante o qual os Beatles estavam frequentemente em turnê.

"George era tão adorável quando estava fora", disse ela. "Ele sentiu minha falta, e eu senti muita falta dele, e ele escrevia cartas incríveis e cartões postais maravilhosos."

Uma nota no leilão mostra um trecho de uma carta de Harrison: "Espero que você esteja bem. Estou com saudades. Estou morrendo de fome — muitos sanduíches de queijo grelhado. Amo você."

Clapton era um convidado frequente na casa do casal em Surrey, sudoeste da Inglaterra, mas, sem o conhecimento do amigo Harrison, nutria uma paixão por Boyd.

Em 1970, Clapton lhe enviou uma carta. "Estou escrevendo esta carta para você com o objetivo principal de descobrir seus sentimentos em relação a um assunto bem conhecido por nós dois", começava.

"O que eu gostaria de perguntar é se você ainda ama seu marido"

Ele continuou: "Todas essas perguntas são muito impertinentes, eu sei, mas se ainda há um sentimento em seu coração por mim... você precisa me avisar!"

"Não telefone! Mande uma carta. Isso é muito mais seguro."

Boyd inicialmente pensou que a carta era de um fã, só percebendo a verdade quando Clapton ligou para ela mais tarde naquele dia.

Uma segunda carta foi escrita vários meses depois, em uma página que Clapton havia arrancado de um exemplar do romance Ratos e Homens, de John Steinbeck.

"Querida Layla", começou Clapton, usando o apelido que deu a Boyd. "Por que você hesita, sou um pobre amante, sou feio, sou muito fraco, muito forte, sabe por quê?"

"Se você me quer, me leve, eu sou seu... se você não me quer, por favor, quebre o feitiço que me prende. Enjaular um animal selvagem é pecado, domesticá-lo é divino. Meu amor é seu."

Mais tarde, ele escreveu a música Layla para Boyd.

"Foi tão lindo e mágico", lembrou Boyd. "Fiquei tão lisonjeada, mas também muito preocupada que George descobrisse por que Eric escreveu essa música."

Boyd originalmente rejeitou os avanços de Clapton, mas, depois que seu casamento fracassou no início dos anos 1970, o músico convidou Boyd para acompanhá-lo em uma turnê.

O romance deles floresceu e eles se casaram em 1979 — com a bênção de Harrison, que passou a chamar Clapton de "marido".

No final das contas, porém, o alcoolismo e a infidelidade de Clapton minaram o casamento, e eles se divorciaram em 1989.

Boyd, filha de um piloto de bombardeiro aposentado da Força Aérea Real, foi uma modelo famosa na década de 1960 antes de voltar sua atenção para a fotografia.

Ela venderá suas recordações, incluindo cartas, pinturas, fotografias, joias e roupas no próximo mês.

Entre os lotes está um rabisco de Harrison, no qual ele desenhou um auto retrato sentado sob uma macieira, e um cartão de Natal que fez para ela em 1968.

"Eu os tenho há tantos anos, há muito tempo", disse Boyd, que completa 80 anos em 2024, ao jornal britânico The Telegraph. "Pensei: por que não vendo tudo e deixo todo mundo aproveitar?"

Um dos destaques do leilão é a pintura La jeune fille au bouquet, de Emile Théodore Frandsen de Schomberg, que serviu de capa para o álbum Layla and Other Assorted Love Songs, de 1970, da banda de Clapton, Derek and the Dominoes.

Clapton comprou a pintura do filho do artista porque o cabelo loiro e os atraentes olhos amendoados da figura retratada os lembravam de Boyd. Espera-se que ela seja vendida por um valor por até £ 60 mil (cerca de R$ 378 mil).

Boyd disse ao The Telegraph que pediu permissão a Clapton antes de vender os bens.

"Ele perguntou se eu estava vendendo a pintura de Layla e eu disse que sim", disse ela. "Ele disse: 'Talvez haja outras coisas que você também possa vender.' Então ele está absolutamente satisfeito comigo leiloando tudo."

Fonte: correiobraziliense

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