Nesta semana, o Amazonas emitiu um alerta epidemiológico para febre oropouche, informando 1.398 casos confirmados da doença desde o primeiro dia do ano. Além disso, o Rio de Janeiro notificou o primeiro registro no estado, nesta quinta-feira (29/2).
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por um mosquito, assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya. Mas não é só isso que as doenças têm em comum, os sintomas entre as duas infecções também são parecidos: dor muscular, dor de cabeça, dor nas articulações, náusea e vômitos e diarreia.
“Embora a febre possa causar sintomas debilitantes e complicações sérias, ela é considerada menos perigosa do que a dengue em termos de potencial para causar doenças graves”, avalia o Manuel Palacios, infectologista do Hospital Anchieta.
De acordo com o Ministério da Saúde existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença. O Ciclo Silvestre, que neste os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. E o Ciclo Urbano, neste os humanos são os principais hospedeiros do vírus.
“A melhor forma de proteção contra a febre de oropouche é evitar picadas de mosquitos, e isso pode ser feito pelo uso de repelentes e investindo em roupas que cubram a maior parte do corpo. Além de evitar a proliferação de mosquitos”, acrescenta o infectologista.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
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