20 de Setembro de 2024

Levedura de cerveja é reutilizável e colaborativa ao meio ambiente


Quando se trata de recuperar dispositivos eletrônicos, o objetivo é aproveitar ao máximo os recursos valiosos usados em sua fabricação. No entanto, esse tipo de lixo é difícil de reciclar devido à complexidade de separar os diferentes metais. Agora, cientistas da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida, na Áustria, descobriram uma maneira de selecionar os materiais de forma seletiva usando levedura de cerveja gasta, um subproduto comum da produção de cerveja. O artigo, detalhado na revista Frontiers in Bioengineering and Biotechnology diz que a substância ainda pode ser reutilizada, tornando o processo mais ecológico.

"O lixo eletrônico é difícil de reciclar porque é muito variado. Colocar os metais em solução é o primeiro passo, mas a recuperação seletiva dos metais continua sendo um desafio. Comparado a métodos como a precipitação química, a biossorção usando levedura de cerveja usada é uma abordagem mais barata e ecológica", frisou Klemens Kremser, pesquisador da universidade.

Há algumas opções para separar os metais nos resíduos eletrônicos, incluindo outros biossorventes, mas todos eles têm suas limitações. Então, os cientistas decidiram experimentar com levedura de cerveja. Como as sobras são comuns na produção da bebida, elas são baratas e facilmente disponíveis.

A equipe separou os resíduos de cerveja da biomassa e a secaram. A superfície da levedura tem cargas elétricas que permitem que os íons metálicos grudem nela — processo chamado adsorção. Alterar o pH da solução pode mudar essas interações, permitindo que a levedura absorva diferentes íons metálicos.

Os cientistas testaram a substância com zinco, alumínio, cobre e níquel, metais importantes economicamente, em diferentes condições de pH e temperatura. Eles conseguiram recuperar mais de 50% do alumínio, mais de 40% do cobre e mais de 70% do zinco das soluções de teste.

A levedura pode ser usada várias vezes para recuperar diferentes metais. No entanto, os cientistas enfatizam a necessidade de mais estudos antes que esse processo possa ser usado em grande escala. "Precisamos testar este método em condições reais para garantir sua eficácia. Além disso, precisamos considerar o impacto de outros metais presentes nas soluções, para garantir que possamos separar os metais com precisão", ressaltou Kremser.

Processo em que materiais biológicos são usados para remover poluentes ou íons metálicos de soluções aquosas.

Fonte: correiobraziliense

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