Recife — Mais do que apenas um acessório, a inteligência artificial deve ser usada como uma ferramenta poderosa para atingir um propósito. Isso é o que defendem representantes da Associação Nacional de Cidades Inteligentes (Anciti), que permite o debate e a troca de informações para promover melhorias nos serviços públicos com o uso da tecnologia.
Jean Mattos, presidente da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) e associado da Anciti, aconselha que gestores públicos devem ter como objetivo institucionalizar a inteligência artificial para ter mais proveito e qualidade.
“É o que eu chamo de IA com propósito. Não é o uso pelo uso, não é para ser ‘legal’. É com um propósito. O que queremos atingir com ela? São várias dimensões e o gestor deve buscar a institucionalização dela”, apontou durante um painel sobre o tema no evento Conecta Recife, nesta quarta-feira (13/3).
O especialista conta que em Belo Horizonte a IA é usada, entre outras coisas, para promover produtividade entre os servidores públicos e oferecer um serviço menos burocratizado para o cidadão.
“Eu tenho 28 mil servidores na rede de BH, então, se eu utilizo uma IA para fazer contas ou ler processos, eu consigo economizar, no mínimo, uma hora de cada servidor. Com isso, por dia, eu estou economizando 28 mil horas por dia. Pena isso por mês, por ano, e assim vai”, detalha.