Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram 6,8 pontos percentuais em fevereiro, passando de 419,3% ao ano para 412,5% ao ano. Segundo o boletim de Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgado nesta terça-feira (2/4) pelo Banco Central (BC), é o menor patamar desde dezembro de 2022.
A modalidade de crédito é ativada automaticamente quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento e é a mais cara do país. Essa é a segunda queda consecutiva desde que entrou em vigor a lei que limita os juros do rotativo 100% do valor da dívida. Com a mudança, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão não poderá ultrapassar o dobro do débito original.
No caso do cartão parcelado, os juros reduziram 3,3 pontos percentuais no mês e 7,3 pontos percentuais em 12 meses, para 184,5% ao ano. Os juros praticados nas operações de cartão de crédito foram os que mais influenciaram a queda na taxa média de juros cobrada das famílias em fevereiro.
Os juros do cheque especial, por sua vez, tiveram alta de 6 pontos percentuais no mês e redução de 2,9 pontos percentuais em 12 meses (131,8% ao ano). Já nas operações com empresas, a taxa média alcançou 21,4% ao ano, declínio mensal de 0,9 ponto percentual e de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
No crédito livre — quando os bancos têm autonomia para emprestar dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobrados dos clientes —, a taxa média de juros atingiu 40,2% ao ano em fevereiro, com decréscimos de 0,3 ponto percentual no mês e de 3,8 pontos percentuais em 12 meses.
No caso do crédito direcionado — destinado aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito, que tem regras definidas pelo governo —, a taxa média para pessoas físicas ficou em 9,4% ao ano em fevereiro, redução de 0,3 ponto percentual no mês e de 0,8 ponto percentual em 12 meses. Para as empresas, foi registrado um recuo 0,3 ponto percentual no mês e 1 ponto percentual em 12 meses, para 12,2% ao ano.
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