Esta segunda-feira (8/4) é conhecida como o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). A data visa aumentar a conscientização e reforçar o papel da população na luta contra a doença. Com o tema Unindo Forças para um Futuro sem Câncer, a campanha deste ano busca incentivar ações e fortalecer o compromisso global para reduzir o impacto da doença no mundo.
Dados da OMS revelam que o câncer continua a ser um dos principais desafios para a saúde mundial. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só no Brasil são esperados 704 mil novos diagnósticos de câncer a cada ano entre 2023 a 2025.
O câncer de pele — do tipo melanoma —, o de mama, cólon e reto, estômago e próstata, lideram o ranking de tumores mais incidentes entre os brasilienses. O Inca prevê mais de 7 mil casos da doença em 2024 no Distrito Federal.
O oncologista e diretor médico da Oncoclínicas Brasília, João Nunes, destaca que a conscientização da sociedade sobre a realidade atual da doença e diagnóstico precoce, são a chave para vencer a doença.
“A população precisa cada vez mais ter consciência do que podem fazer para reduzir o risco da doença. Um estilo de vida saudável, com controle de peso, atividade física regular, alimentação saudável e não uso de tabaco e álcool pode reduzir de forma robusta esse aumento, pois hábitos nocivos são responsáveis diretos ou indiretos por 40% dos tumores”, afirma.
Um estilo de vida equilibrado é importante até após o diagnóstico de um câncer. “Evidências científicas mostram que as taxas de recidiva diminuem em até 30% em pacientes que aderem a hábitos saudáveis”, destaca.
Uma boa alimentação tem papel fundamental na redução dos riscos de desenvolver diversos tipos de cânceres. "Estudos mostram que dietas baseadas no consumo de açúcar, gorduras saturadas e gorduras trans e alimentos ultraprocessados contribuem para o aumento dos índices de câncer de várias formas”, ressalta.
Carne vermelha e processadas:
Segundo a OMS, o consumo de carnes processadas como: salsicha, linguiça, presunto e bacon, aumentam significativamente o risco de desenvolvimento de câncer de intestino. O consumo elevado de carne vermelha (suína, bovina e carneiro), também é considerado um fator de provável ação cancerígena.
Açúcares e bebidas açucaradas:
É preciso atenção quanto ao consumo excessivo do açúcar, pois pode resultar em ingestão de calorias além do necessário, o que leva ao aumento do peso e gordura corporal. Segundo o American Institute for Cancer Research, é o excesso de gordura corporal que aumenta o risco de desenvolvimento do câncer, não apenas o açúcar como fator isolado. Desta forma, recomenda-se a ingestão de uma dieta rica em alimentos nutritivos como grãos integrais, vegetais, frutas e feijões e a substituição de bebidas açucaradas por aquelas de baixa ou nenhuma caloria.
Sal (cloreto de sódio):
O excesso do sal está relacionado a maior incidência de câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que sejam consumidos no máximo cinco gramas de sal por dia. Sendo que 2g estejam presentes naturalmente nos alimentos e apenas 3g (duas colheres de chá rasas) sejam acrescentados no preparo das refeições em um dia.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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