Um novo mecanismo desenvolvido por pesquisadores na Bélgica conseguiu identificar estágios iniciais do Alzheimer — anteriores aos que já eram conhecidos pelas pesquisas. A nova descoberta pode levar a uma mudança no rumo das abordagens do tratamento da doença.
O desenvolvimento do Alzheimer está relacionado a erros no processamento de proteínas no sistema nervoso. Como resultado desse mal desenvolvimento, placas amiloides — como são chamados produtos degradados resultantes da formação anômala da proteína precursora amiloide (APP) — se acumulam no sistema nervoso. As novas descobertas, no entanto, mostram sinais da doença antes mesmo desse acúmulo.
Os resultados apontam que podem existir outros fatores causadores da doença, que não as placas amiloides. Segundo os pesquisadores, o tratamento voltado para prevenir a formação dessas placas amiloides pode levar ao acúmulo de Fragmentos APP-C-Terminal, um outro produto do mau processamento da proteína cerebral.
Essa descoberta muda o rumo dos estudos sobre o Alzheimer, visto que as alternativas de tratamento estudadas se concentram sobretudo na eliminação das amiloides, ignorando outros fragmentos que podem ser nocivos para o cérebro. “A chave pode ser encontrar o equilíbrio certo entre a eliminação de APP-CTF e a prevenção de placas”, explica o professor Wim Annaert, do laboratório de Wim Annaert no VIB-KU Leuven Centre for Brain & Disease Research, principal autor da pesquisa.
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