O deputado federal norte-americano Jim Jordan, presidente do comitê de Assuntos Judiciários da Câmara de Representantes dos Estados Unidos e grande apoiador do ex-presidente e atual candidato Donald Trump, foi quem requisitou ao X (antigo Twitter) que enviasse as decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes publicadas no site do comitê. O relatório foi divulgado nesta quarta-feira (17/4).
O documento denuncia uma suposta censura no Brasil e faz críticas à gestão de Joe Biden. O texto é intitulado de “O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”.
O relatório afirma que os governos dos Estados Unidos e do Brasil estariam trabalhando para silenciar seus críticos nas redes sociais. O documento tem 540 páginas e mostra 88 decisões, sendo 51 do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o X e a Meta.
De acordo com o texto, as ações da Justiça brasileira “servem de alerta para a América”. O empresário Elon Musk também é defendido ao afirmar que ele teria um "compromisso público com a liberdade de expressão”. A conclusão do comitê foi de que Congresso dos Estados Unidos deve agir para proteger a liberdade de expressão.
O documento também alega que atualmente há cerca de 300 contas no X e em outras redes sociais sob o risco de censura no Brasil.
Jim Jordan já protagonizou diversas polêmicas. Recentemente, ele usou sua posição como presidente no comitê para atacar a rede de TV CBS por demitir uma repórter supostamente por ter um perfil conservador. Jordan também atuou na abertura das investigações para um eventual processo de impeachment contra o presidente Joe Biden.
O congressista norte-americano foi eleito pela primeiro vez em 2007 pelo estado de Ohio. Ele já foi quatro vezes campeão estadual de luta livre, se formou em Economia pela Universidade de Wisconsin, onde foi duas vezes campeão de luta livre em campeonatos nacionais. Além disso tem mestrado em educação pela Universidade Estadual de Ohio e graduação em direito pela Capital University em Columbus.
Jordan se intitula conservador fiscal, ou seja, credita que as famílias e os contribuintes, e não o governo, sabem melhor como tomar decisões com seu dinheiro.
No congresso, Jordan já foi presidente do comitê republicano, a maior bancada de conservadores da casa e em 2012 recebeu o prêmio de "legislador nacional do ano".
O parlamentar tem uma relação próxima com Donald Trump. Ele atuou para proteger o ex-presidente de intimações para depor sobre seu envolvimento na invasão do Congresso em janeiro de 2021. Na época, jornais locais noticiaram que ele e Trump conversaram horas antes do ataque ao plenário da Câmara.
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