Um míssil israelense atingiu o Irã na manhã desta sexta-feira (19/4), noite de quinta-feira no Brasil, segundo duas autoridades norte-americanas ouvidas pela rede de televisão CBS News, parceira da BBC nos Estados Unidos.
Voos comerciais foram suspensos em várias cidades do país, incluindo Isfahan, Shirax e Teerã, informou a mídia estatal iraniana.
Também foi relatado que as companhias aéreas Emirates e Fly Dubai, baseadas no Oriente Médio, começaram a desviar os seus voos sobre o oeste do Irã.
O país está em alerta máximo depois de Israel afirmar que responderia ao ataque iraniano realizado na noite de sábado. Na ocasião, a defesa antiaérea de Israel conseguiu rechaçar o ataque.
Na manhã desta sexta-feira, uma explosão foi ouvida a noroeste da cidade iraniana de Isfahan, de acordo com a agência de notícias Fars.
O veículo disse que a explosão ocorreu perto do aeroporto internacional da cidade. Mas não ofereceu nenhuma explicação sobre a possível causa.
A província de Isfahan abriga uma grande base aérea, um importante complexo de produção de mísseis e várias instalações nucleares.
O ataque israelense ocorre em um momento em que as tensões continuam elevadas em todo o Oriente Médio. No sábado, o Irã promoveu um ataque sem precedentes a Israel, utilizando mísseis e drones.
Nessa semana, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que a resposta do seu país a qualquer retaliação por parte de Israel seria "imediata e de nível máximo".
Abdollahian afirmou que o ataque a Israel no sábado – que envolveu mais de 300 drones e mísseis – equivalia a “exercer o direito de defesa legítima”.
Teerã afirma que a ação foi uma retaliação a um ataque aéreo de Israel ao consulado iraniano na Síria, em 1º de abril, quando 13 pessoas morreram. O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não confirmou ser o autor do ataque.
Entre os mortos no consulado estava o general Mohammad Reza Zahedi – um alto comandante das Forças Quds, o braço de relações exteriores do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
Ele foi uma figura essencial na operação iraniana para armar o grupo libanês Hezbollah.
O ataque ao consulado seguiu um padrão de ataque aéreo contra alvos iranianos amplamente atribuído a Israel. Vários altos comandantes do IRGC foram mortos em ataques aéreos na Síria nos últimos meses.
O IRGC envia armas e equipamentos, incluindo mísseis de alta precisão, pela Síria para o Hezbollah. Israel está tentando impedir estas remessas, assim como que o Irã reforce sua presença militar na Síria.
Os dois países foram aliados até a Revolução Islâmica de 1979 no Irã, que deu origem a um regime que utilizou a oposição a Israel como parte fundamental da sua ideologia.
O Irã não reconhece o direito de existência de Israel e quer sua erradicação.
O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, já havia chamado Israel de "tumor cancerígeno" que "sem dúvida vai ser extirpado e destruído".
Israel acredita que o Irã representa uma ameaça à sua existência, como evidenciado pela retórica de Teerã e pela formação de forças que agem "por procuração" e juraram destruir Israel.
Também estão nesta lista o financiamento e armamento de grupos palestinos pelo Irã, incluindo o Hamas e o grupo xiita libanês Hezbollah.
E o que Israel acredita ser uma busca secreta do Irã por armas nucleares, embora o Irã negue que esteja tentando construir uma bomba nuclear.
Fonte: correiobraziliense
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.