05 de Outubro de 2024

O que o pacote de ajuda de US$ 61 bi dos EUA pode significar para a Ucrânia


O Senado dos Estados Unidos pode aprovar nesta semana um pacote de ajuda militar para a Ucrânia de US$ 61 bilhões.

Mas, afinal, que armas o país pode receber, e que diferença elas podem fazer nas tentativas de conter os avanços da Rússia no território?

Os armamentos de que a Ucrânia precisa com mais urgência são: sistemas de defesa aérea, mísseis de médio e longo alcance e projéteis de artilharia.

A seguir, mostramos como a ajuda dos EUA poderia contemplar estas três áreas.

Cerca de um terço do pacote destina-se à reposição de estoques de armamentos enviados pelos EUA já esgotados.

Repelir a ameaça russa nos céus é vital para a proteção de cidades e infraestruturas essenciais, como usinas de energia.

Na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o seu país foi atacado por quase 1,2 mil mísseis russos, mais de 1,5 mil drones e 8,5 mil bombas guiadas só neste ano.

A Ucrânia tem uma variedade de sistemas fornecidos pelo Ocidente, desde mísseis de curto alcance Stinger até o avançado — e extremamente caro — sistema Patriot. Zelensky disse que eram necessários pelo menos mais sete Patriots, ou equivalentes.

Os mísseis de cruzeiro e balísticos da Rússia — incluindo os mísseis superfície-ar S-300 e S-400 convertidos —, assim como centenas de drones Shahed-136 fabricados no Irã, são difíceis de combater devido ao grande volume que é lançado.

Uma tática clássica para sobrecarregar as defesas aéreas é enchê-las de alvos, ocupando assim os seus sistemas de radar de captação e rastreamento — e esgotando os estoques de mísseis.

Mas a guerra em solo é vital. Desde outubro, a Ucrânia perdeu quase 583 quilômetros quadrados do seu território no leste para as forças russas, em grande parte devido à falta de artilharia.

Os Sistemas de Foguete de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês) têm desempenhado um papel crucial para a Ucrânia, ao lançar munições guiadas a partir de uma plataforma móvel.

Funciona assim: eles chegam ao local, preparam o equipamento, disparam e avançam rapidamente antes que as forças russas possam localizar e atacar o lançador. A expectativa é de que o poderio de HIMARS da Ucrânia aumente, e talvez haja um compromisso de enviar mais tanques e veículos de combate de infantaria Bradley.

Além disso, diz-se que a versão de longo alcance dos Sistemas de Mísseis Táticos do Exército dos EUA (ATACMS, na sigla em inglês) está pronta para ser enviada, o que seria bastante significativo.

Os sistemas ATACMS mais antigos estão no país desde o fim do ano passado, mas a versão mais recente pode dobrar seu alcance para 300 km. Isso aprofundaria os combates na Crimeia anexada, que a Rússia utiliza como uma importante base naval protegida por defesas aéreas, e mais além.

E não podemos nos esquecer das armas comuns. Os howitzers M777 precisam ser recarregados continuamente com projéteis de artilharia de 155 mm.

Os Estados Unidos enviaram 2 milhões de projéteis do tipo para a Ucrânia desde fevereiro de 2022 — e provavelmente vão enviar mais neste último pacote.

Os Estados Unidos têm o que chamam de "rede logística bastante robusta" para fazer com que as armas cheguem lá rapidamente.

“Como fizemos no passado, podemos agir em poucos dias”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, Pat Ryder, a jornalistas na semana passada.

É provável que os suprimentos sejam transferidos para mais perto da Ucrânia e, uma vez entregues, tornam-se oficialmente propriedade do país. Mas levar os suprimentos para a linha da frente — particularmente o equipamento de artilharia — pode levar muitos dias ou até mesmo semanas, à medida que as forças russas continuam sua ofensiva no leste.

Estes são anteriores ao pacote recente de ajuda, mas são relevantes agora porque estão perto de entrar em operação.

Pilotos ucranianos continuam seu treinamento para pilotar caças F-16 ocidentais, atualmente na Romênia. Estas aeronaves multifuncionais proporcionam uma capacidade de combate ar-ar e ar-solo mais potente, melhorando assim potencialmente as defesas aéreas ucranianas.

A Dinamarca, a Holanda e os EUA esperam entregar o primeiro de dezenas de "Vipers", como o F-16 é conhecido, à Ucrânia nos próximos meses. Os caças não vão ser um divisor de águas, mas mais uma arma significativa na manga de Kiev.

Moscou tem desdenhado seu poder, dizendo que os F-16 não fariam muita diferença no campo de batalha e seriam abatidos pelas forças russas.

Fonte: correiobraziliense

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