26 de Novembro de 2024

Planeta 9: cientistas encontram evidências de novo corpo celeste


Evidências encontradas por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, da Universidade Côite d'Azur (França) e do Instituto Sudoeste de Pesquisa (Estados Unidos) apontam que há um corpo celeste além da órbita de Netuno — o que poderia ser um nono planeta do Sistema Solar.

Em um estudo "pré-print" (ou seja, um manuscrito que foi submetido a uma revista, mas que ainda não foi revisada por pares, não tem formatação e nem foi editado ainda), os pesquisadores expõem um conjunto de objetos instáveis que ultrapassam a órbita de Netuno. Esses podem ser sinais de que há um outro corpo celeste além do último planeta.

Há dois métodos possíveis para se descobrir um planeta. Observá-lo no céu é o mais fácil. Mas pode-se também verificar se objetos celestes que passam por uma região têm sua trajetória afetada e não condizente com o previsto, o que indica que há atuação da força gravitacional de um corpo celeste grande, com poder para mudar a ação daqueles objetos — ou seja, um planeta.

Em 2015, astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia apresentaram evidências de que seis objetos que passaram pela órbita de Netuno se agruparam de tal modo que sugere que eles foram "conduzidos" por algo com uma grande força gravitacional.

No artigo, a equipe analisou novamente objetos que cruzaram o caminho da órbita de Netuno, desta vez por um longo período de tempo. Ao realizar simulações para tentar descobrir o que explica a órbita desses objetos, os pesquisadores descobriram que uma simulação com um planeta depois de Netuno explica melhor as órbitas do que um sistema em que não exista o "Planeta 9".

"De maneira animadora, a dinâmica descrita aqui, juntamente com todas as outras linhas de evidência do Planeta 9, em breve enfrentará um teste rigoroso com o início da operação do Observatório Vera Rubin", concluíram os pesquisadores. "Essa próxima fase de exploração promete fornecer percepções essenciais sobre os mistérios dos confins do nosso sistema solar."

O artigo se encontra em um servidor de pré-prints, mas foi aceito para publicação no periódico The Astrophysical Journal Letters (você pode ler o material na íntegra neste link).

Fonte: correiobraziliense

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