21 de Janeiro de 2025

Porto Alegre tem uma das cestas básicas mais caras do país, aponta Dieese


Diante de uma das maiores tragédias do país, diversas famílias que vivem no Rio Grande do Sul necessitam de alimentos da cesta básica para conseguir sobreviver. Na capital do estado, o preço médio da cesta é de R$ 775,63, uma das mais caras do país, ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 822,84), Rio de Janeiro (R$ 801,15) e Florianópolis (R$ 781,53).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7/5) na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, organizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os números foram levantados entre março e abril deste ano e revelam que em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas houve aumento no preço médio da cesta básica.

Apesar de ser uma das mais caras do país, a cesta básica vendida em Porto Alegre apresentou uma tendência de queda até o mês passado, o que não garante que haverá redução no valor médio a partir deste mês, ainda mais por conta das chuvas intensas na região, que já deixam mais de 90 vítimas fatais em todo o estado. Em março, o preço médio da cesta na capital gaúcha recuou 0,23%.

Itens básicos para a alimentação, como feijão (-7,85%), farinha de trigo (-3,11%) e leite integral (-12,99%) tiveram significativas reduções de preço em Porto Alegre no último mês. Levando em conta o salário mínimo atual — que é de R$ 1.412 — eram necessárias 120 horas e 51 minutos, ao mês, para que a população conseguisse pagar o valor médio da cesta durante o período.

No último dia 30 de abril — antes que as chuvas no Rio Grande do Sul atingissem proporções catastróficas —, o governador Eduardo Leite anunciou um corte de benefícios fiscais sobre os produtos da cesta básica no estado. A proposta causou uma repercussão negativa, mas começou a valer desde o dia 1º deste mês.

Com isso, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para alimentos da cesta básica subiu de 7% para 12% no início deste mês. Já o pão francês e o leite ABC, que eram isentos de imposto, passaram a ter incidência de 12%. Frutas, legumes, hortaliças e ovos permanecem isentos de tributação até o dia 31 de dezembro deste ano.

Das 10 capitais brasileiras que tiveram aumento no preço médio da cesta em abril, sete estão localizadas nas regiões Norte ou Nordeste. A alta mais expressiva no mês foi registrada em Fortaleza, onde o valor subiu 7,76% e chegou a R$ 714,68, ultrapassando Belo Horizonte (R$ 712,70) e Goiânia (R$ 701,01) no ranking nacional.

Também tiveram aumento no preço da cesta básica nessas regiões as cidades de Belém (R$ 681,45), Salvador (R$ 640,12), Natal (R$ 632,23), Recife (R$ 617,28), João Pessoa (R$ 614,75) e Aracaju (R$ 582,11). Em Brasília, onde o preço da cesta ainda é o sexto maior do país (R$ 727,76), houve a maior queda mensal entre todas as capitais, com 2,66% de desvalorização.

Fonte: correiobraziliense

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