No cenário da saúde mental materna, um movimento de conscientização tem se destacado em Brasília. Com uma programação especial que ocorre ao longo do mês de maio e inclui marchas, lives e palestras, o Maio Furta-cor busca abordar questões cruciais relacionadas à saúde mental das gestantes e mães.
Criado em 2020 pela psicóloga Nicole Cristino e a psiquiatra Patrícia Piper, o movimento tem se empenhado em combater o estigma social associado aos transtornos mentais perinatais.
A ausência de políticas públicas e protocolos específicos para auxiliar a saúde mental das mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal é uma das principais pautas da iniciativa. A campanha entende que, sem mudanças na compreensão e no compromisso político com a construção de novos modelos de assistência, tanto as famílias quanto a sociedade continuarão a sofrer as consequências desses transtornos nas gerações futuras.
“Uma das nossas frentes de atuação no movimento é a luta pela implementação das diretrizes da Lei Distrital Maio Furta-cor, existente desde 2022. Apesar da legislação, ainda não foram estabelecidas ações concretas para promover a conscientização e o bem-estar das gestantes e mães no Distrito Federal”, explica Rita Rocha, psicóloga e regente do Movimento Maio Furta-cor em Brasília.
A regente do movimento destaca ainda a importância da sensibilização da sociedade para que as mães não se sintam culpadas ao enfrentar desafios relacionados à sobrecarga materna. “Através do apoio mútuo e da conscientização, o movimento busca promover o bem-estar das mães e, consequentemente, de toda a sociedade", pontua a psicóloga.
No domingo, dia 19 de maio, a partir das 9h, acontece a Marcha Furta-cor, manifestação que ocorre anualmente na capital federal e tem como intuito a promoção da saúde mental materna. O ponto de encontro será no Eixão Norte, na altura da SQN 208. A marcha tem entrada franca e conta com a participação da Banda Insana da Universidade de Brasília (UnB).
“Além das ações costumeiras, como palestras, lives e marcha, este ano temos o desafio da elaboração das diretrizes da Lei Distrital Maio Furta-cor, que existe desde 2022, uma lei que prevê ações, promoção, intervenções pela saúde mental materna no Distrito Federal, mas ainda não temos nada estabelecido”, destaca a psicóloga Rita Rocha, regente do Movimento Maio Furta-cor em Brasília.
- 8/5 (quarta-feira), 14h, no Instagram @ondafurtacorbrasilia - Maternidade de Mulheres Pretas, com Waleska Barbosa, das Pretas que Escrevem no DF, e Norma Hamilton, professora da UnB.
- 15/5 (quarta-feira), 14h, no Instagram @ondafurtacorbrasilia - Lei e políticas públicas, com Carolina Leão e Gabriella Vinhas.
- 22/5 (quarta-feira), 14h, no Instagram @ondafurtacorbrasilia - Maternidade Atípica, com a psicóloga perinatal Isabela Parente.
- 23/5 (quinta-feira), 14h, no Instagram @ondafurtacorbrasilia - Autocuidado materno, com Laura Schwengber e Aline Vidal, Alessandra Pinto Sancho e Nathalia Tavares, psicólogas perinatal e parental.
- 29/5 (quarta-feira), 14h, no Instagram @ondafurtacorbrasilia - Luto Materno, com a psicóloga Denise Percilio.
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