Dezenas de milhares de armênios se manifestaram, nesta quinta-feira (9), em Erevan para protestar contra a decisão do governo de "ceder" terras ao Azerbaijão, no âmbito de um acordo que tenta colocar fim a décadas de conflito entre estes dois países do Cáucaso.
Autoridades armênias aprovaram a devolução ao Azerbaijão de aldeias fronteiriças tomadas pelo Exército na década de 1990.
A iniciativa foi considerada por muitos armênios como uma concessão inútil e provocou protestos.
"Vim hoje porque quero que nossos filhos recebam um belo país. Não podemos continuar assim, entregando terras", disse à AFP um aposentado, Edik Nikogossian, 77 anos, durante a marcha desta quinta-feira na capital armênia.
As manifestações começaram há seis dias por pessoas que tiveram que abandonar suas casas na região de Tavush, devido à implementação dos acordos com o Azerbaijão.
Os protestos ganharam novos participantes e o apoio de partidos de oposição, bem como de organizações de refugiados da região de Nagorno-Karabakh, tomada pelo Azerbaijão em uma ofensiva relâmpago em setembro de 2023.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse no mês passado que um acordo de paz com a Armênia estava "mais próximo do que nunca".
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