O programa seria encerrado no mês passado, mas acabou sendo prorrogado no fim de março. As dívidas devem ter sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. Por meio do programa, os inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas.
Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. Em algumas situações, de acordo com o Ministério da Fazenda, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido.
Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas — bronze, prata e ouro — podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de usar uma conta do governo.
Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou Pix ou financiando o valor total no banco de preferência. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e em até 60 meses.
Até a última sexta-feira (17), foram renegociados R$ 52,93 bilhões em dívidas pelo Desenrola, beneficiando cerca de 15 milhões de pessoas, que voltaram a ter acesso ao mercado de crédito. O volume financeiro cumpriu a meta do governo, que era de R$ 50 bilhões, o número de favorecidos, contudo, ficou aquém do potencial do programa. A previsão era de que fossem beneficiadas 32 milhões de pessoas.
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