22 de Novembro de 2024

O que são turbulências e por que elas acontecem em voos?


Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas após forte turbulência em um voo de Londres para Cingapura.

O avião sofreu uma queda de altitude repentina que lançou pessoas e objetos pela cabine. Ele fez um pouso de emergência em Bangkok, na Tailândia.

A suspeita é que a vítima, um homem britânico de 72 anos, tenha morrido de ataque cardíaco durante o incidente.

Mais de 30 pessoas ficaram feridas. A companhia aérea Singapore Airlines diz que 211 passageiros e 18 tripulantes estavam a bordo.

Andrew Davies, que estava no avião, elogiou a tranquilidade da tripulação para lidar com o momento "surreal" enquanto pertences voavam pela cabine.

Os passageiros frequentes estão familiarizados com os solavancos repentinos que podem acontecer quando uma aeronave entra em turbulência. Ela pode mover o avião e causar mudanças repentinas de altura.

A maior parte da turbulência ocorre nas nuvens, onde há correntes de vento ascendentes e descendentes, de acordo com Simon King, da BBC Weather, ex-oficial da Força Aérea Real britânica.

Grande parte das turbulências são leves, mas em nuvens maiores — como a nuvem de trovoada cumulonimbus — os movimentos caóticos do ar podem causar turbulência moderada ou mesmo grave.

Existe outro tipo de turbulência chamada turbulência de "ar limpo" — que, como o nome indica, não tem nuvens e não pode ser detectada.

Esse tipo de turbulência acontece em torno da corrente de jato, um "rio" de ar de fluxo rápido que normalmente é encontrado entre 40 mil e 60 mil pés, diz o piloto acadêmico e comercial de aviação Guy Gratton.

"É possível ter uma diferença de velocidade de 160 km/h entre o ar na corrente de jato e o ar circundante", diz.

"O atrito em torno da corrente de jato entre o ar mais lento e o mais rápido causa turbulência. Isso está sempre acontecendo e é difícil evitar", afirma.

Se for um voo da Europa para a América do Norte, por exemplo, é difícil evitar esse choque completamente, diz Gratton, e isso pode resultar em períodos de forte turbulência.

As aeronaves são projetadas para suportar o pior que a turbulência pode causar, diz Gratton, professor associado de aviação e meio ambiente na Universidade de Cranfield, na Inglaterra.

É "improvável" que a turbulência destrua uma aeronave, acrescenta.

No entanto, passar por uma não faz nenhum bem à aeronave, e é por isso que os pilotos tentam evitá-las — e acender o sinal do cinto de segurança.

A turbulência pode ser perigosa para as pessoas quando ela provoca movimentos muito bruscos, o que pode lançar pela cabine um passageiro sem cinto de segurança.

Mas os especialistas em segurança da aviação dizem que as mortes e os ferimentos resultantes da turbulência continuam a ser raros.

John Strickland, especialista em aviação, diz que os ferimentos causados ??por turbulências severas eram "relativamente raros" no contexto dos milhões de voos que já aconteceram.

Os pilotos receberão previsões específicas da aviação antes de voar, que incluirão dados meteorológicos.

Eles poderão estudar essas informações ao planejar suas rotas.

Isto significa que deverão ser capazes de evitar trovoadas isoladas, por exemplo. Mas a turbulência de "ar limpo" é um pouco mais difícil de evitar.

Outras aeronaves à frente deles nas mesmas rotas também podem reportar qualquer turbulência, diz Gratton.

Os pilotos vão tentar evitar essas áreas ou reduzir a velocidade do avião para diminuir o impacto.

As tripulações também são treinadas para responder à turbulência.

Para os passageiros, o conselho é ficarem com cinto de segurança e não carregarem objetos pesados.

Os pilotos aconselham os passageiros a usarem cintos de segurança o tempo todo, justamente porque a turbulência pode ser imprevisível.

Fonte: correiobraziliense

Participe do nosso grupo no whatsapp clicando nesse link

Participe do nosso canal no telegram clicando nesse link

Assine nossa newsletter
Publicidade - OTZAds
Whats

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.