O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou nesta segunda-feira (27/5) a interferência do governo sobre a Petrobras. Em evento do Grupo de Trabalhos de Transição Energética do G20, ele afirmou que o Executivo deve agir como “controlador” e definir os rumos da companhia.
Silveira mencionou a mineradora Vale e afirmou que a situação da Petrobras é diferente. “A Vale é uma corporation, onde o governo não é controlador. Mesmo assim, somos formadores de políticas e somos reguladores do setor mineral. Agora, a Petrobras nós podemos muito mais do que isso. Somos controladores e não podemos nos envergonhar disso”, disse.
O ministro lembrou que seis dos 11 conselheiros da petroleira são indicados pelo governo. “Então, o governo quer o que na Petrobras? Que continue sendo uma empresa atrativa para o investidor nacional e internacional, que tenha uma governança segura, uma empresa perene, agora, ela tem um dever social”, indagou.
O chefe da pasta disse ainda estar otimista com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. “As pessoas não entenderam que a agenda que eu defendo é uma agenda que eu acredito, mas é uma agenda do Brasil, uma agenda do governo. Ela conhece a agenda e vai fazer com esse espírito de manter a empresa sob uma gestão que dê credibilidade para investidores”, comentou.
Em seguida, Silveira afirmou respeitar a governança da companhia. “Todos os projetos que nós queremos para o Brasil têm que passar por uma governança da Petrobras, nós não intervimos nessa governança. Eu sempre deixei isso muito claro, nunca liguei e nem nunca vou ligar para interferir no governo da Petrobras”, emendou.
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