22 de Junho de 2024

Doenças respiratórias em alta: dicas para manter o sistema imunológico forte


As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente em função da influenza A (gripe) e do vírus sincicial respiratório (VSR), continuam em alta em boa parte do país. Segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira (23/5), aponta que 15 estados apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

"Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (27,3%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (56,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (4,6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (48%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (16,6%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (30,2%)", diz o boletim.

Ao Correio, o infectologista André Bon, do Hospital Brasília da rede Dasa, ressalta que imunidade é um conceito complexo que engloba uma série de reações no organismo. "As doenças respiratórias são doenças sazonais. Durante o período de maior frio, devido a maior aglomeração em espaços fechados, há um aumento no risco de infecção pelas doenças de transmissão respiratória. Além disso, o ar seco desta época do ano pode levar a ressecamento das mucosas das vias aéreas, afetando os mecanismos de proteção e 'limpeza natural' das vias aéreas, elevando o risco de infecções respiratórias", explica o especialista.

O infectologista lembra que usar máscaras, higienizar as mãos e evitar locais de aglomeração ajudam na prevenção dessas infecções. "Pacientes com sintomas respiratórios devem realizar testagem para manejo de acordo com o patógeno identificado, mas todos devem usar máscaras e higienizar as mãos para evitar a transmissão independente do patógeno isolado", frisa Bon.

Apesar de não existir medidas milagrosas para o aumento de imunidade, manter um estilo de vida saudável, hidratar-se adequadamente, alimentar-se de maneira correta e fazer exercícios já ajuda o organismo a suportar as alterações provenientes de infecções virais ou bacterianas.

Nesse sentido, a professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Camila Lima, afirma que alguns nutrientes presentes nos alimentos podem contribuir para melhorar a imunidade. "Alimentos ricos em vitamina C como laranja, caju e limão. Alimentos ricos em zinco, magnésio todos eles, como as folhas verdes escuras e o cálcio também podem contribuir. Além disso, a gente tem o alho que pela presença da alicina pode ajudar, porque tem ação antimicrobiana e antiviral e ajudam a melhorar as questões relacionadas à imunidade. Mas para garantir uma boa imunidade nesse período de frio tem que pensar também na hidratação", diz Camila.

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ressalta a importância da vacina. “A campanha de vacinação continua aberta para a influenza A, o vírus da gripe”, pontua.

O Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra a gripe para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância dessa medida. “A vacinação é essencial para proteger a saúde da população e evitar a propagação, especialmente durante as estações mais frias, quando a incidência da gripe tende a aumentar”, diz a ministra.

Para se vacinar é necessário comparecer a uma unidade de saúde com caderneta de vacinação e documento de identificação. A lista de locais de vacinação contra a influenza (gripe), de segunda a sexta-feira, podem ser conferidos neste link.

Fonte: correiobraziliense

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