24 de Fevereiro de 2025

Peeling de fenol: saiba detalhes do procedimento que causou morte em SP


Henrique foi atendido na clínica da influenciadora Natalia Becker, no Campo Belo, zona sul da capital paulista. No site e nas redes sociais, a influenciadora se apresenta como especialista neste tipo de procedimento. No entanto, não apresenta formação para realizar o peeling, visto que este deve ser realizado por médicos, de acordo com especialistas ouvidos pelo Correio

“O fenol é extremamente cardiotóxico e nefrotóxico, podendo causar arritmia, falência renal e, até mesmo, parada cardíaca. Portanto, para fazer um peeling profundo, precisa ser realizado por dermatologista e cirurgião plástico com especialização e treinamento na técnica, estar monitorado, de preferência em um centro cirúrgico, com anestesista e todo o suporte necessário”, explica Douglas Lobão, dermatologista do Hospital Santa Marta.

O peeling de fenol é utilizado para renovação da pele e, por ser alcançar uma camada profunda dela, pode promover aparência de cinco a dez anos de rejuvenescimento, além de disfarçar rugas e cicatrizes de acne. Para conseguir este efeito, é utilizado o ácido fenólico junto ao óleo de cróton, uma planta cuja seiva causa irritação na pele. “Depois de aplicado, o ácido vai fazer a descamação da pele durante cinco dias. Depois há a retirada da pele, que está necrosada, e a pele nova nasce sem manchas e com mais qualidades por ter mais vasos sanguíneos”, explica Gustavo Guimarães, cirurgião plástico na Clínica Renoir.

Antes de realizar o procedimento, é necessário passar por uma análise laboratorial criteriosa, com atenção especial aos exames cardíacos e renais, já que o ácido é tóxico e pode comprometer o funcionamento destes órgãos. A operação é contraindicada para pessoas com comorbidades e doenças crônicas. 

O acompanhamento médico é fundamental durante todo o processo, afirma a dermatologista Mariana Vicente Cesetti, da Ette Dermatology Boutique. “Quando se faz um peeling desse, é preciso escolher muito bem o profissional. Ele precisa estar muito próximo do paciente, para verificar sempre como ele está, como está a cicatrização e a saúde dele. É um procedimento muito agressivo”.

 

Fonte: correiobraziliense

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