19 de Setembro de 2024

'O tamanho do Estado determina a carga tributária', alerta Aguinaldo Ribeiro


A regulamentação da reforma tributária, que está em curso no Congresso, será desafiadora. Mas, o mais importante é que no futuro a sociedade precisará ter consciência de qual será o tamanho do Estado que ela vai querer manter por meio de impostos. Essa é a avaliação avaliação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da Maioria no Congresso e relator do texto base da reforma na Câmara dos Deputados.


“A partir do momento que terminarmos a regulamentação (da reforma tributária), vamos ter a operacionalização da reforma como um todo, que é uma fase importantíssima. E, depois, vamos ter que ver os efeitos dessa reforma, do Estado brasileiro, que a gente realmente deseja, porque é isso que determina a carga tributária. As pessoas falam assim, a carga tributária é alta, é alta porque nós definimos que nós temos um Estado que é pesado”, afirmou o parlamentar, nesta quarta-feira (05/6), em painel especial no seminário de CB.Fórum – “Impactos da Reforma Tributária na Economia e na Segurança Pública” –, promovido pelo Correio Braziliense, em parceria com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), na sede do jornal.

Atualmente, a alíquota inicial do IVA dual sobre o consumo, sendo um federal e outro regional, deverá ser de 26,5%, mas especialistas já admitem que, devido às exceções, o Brasil dará a largada da reforma com o maior IVA do mundo. O parlamentar recomendou muito cuidado no debate da regulamentação e, nesse sentido, alertou sobre a necessidade de que todos os lados sejam ouvidos.

“Nós precisamos, como sociedade, também fazer essa discussão para que a gente ali redefina o nosso país em termos de tributação”, acrescentou Ribeiro, que foi o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária na Câmara dos Deputados, mas não foi incluído no grupo criado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para a relatoria da regulamentação do novo modelo tributário.

O deputado paraibano destacou alguns pontos que precisam ser respeitados durante os debates de regulamentação da reforma tributária pelo Legislativo, como a simplificação e o cuidado para evitar aumento na carga tributária. “Não só paciência para concluir, mas alguns pressupostos que são relevantes. O primeiro deles é a simplificação do sistema. Isso aqui para mim é conceito. Nós precisamos ter um sistema mais simples. Segundo, nós precisamos ter um sistema que não tenha cumulatividade”, defendeu.

Em terceiro lugar, ele enumerou a preocupação em evitar a insegurança jurídica. “Não podemos ter insegurança jurídica, seja sobre crédito, seja sobre qualquer questionamento que nós possamos criar na regulamentação que traga essa insegurança. Então, isso aí é preciso nós combatermos. Quarto ponto, é uma questão que eu sempre disse em todas as audiências, E aí vai uma preocupação. Não dá pra ter numa construção de texto algo que venha, de alguma forma, a dar qualquer margem a aumento de imposto, aumento de alíquota”, acrescentou.

Fonte: correiobraziliense

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