22 de Novembro de 2024

Memória geográfica: cientistas investigam os mapas cognitivos do cérebro


Do caminho para o trabalho ou para o supermercado, o cérebro utiliza mapas cognitivos armazenados nas regiões do hipocampo e do córtex entorrinal. Esses registros reúnem informações sobre os espaços que você percorreu e os locais que já visitou, permitindo que tenha orientação sempre que precisar. Uma nova pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriu que esses mapas mentais também são formados e ativados quando você simplesmente imagina sequências de experiências, sem qualquer movimento físico ou estímulo sensorial. 

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Em um trabalho com animais, os cientistas descobriram que o córtex entorrinal contém um mapa cognitivo do que os animais experienciam ao usar um joystick para navegar por uma sequência de imagens. Esses arquivos são então ativados quando os bichos pensam nessas sequências, mesmo sem ver as imagens.

O estudo pioneiro, detalhado na revista Nature, revela a base celular da simulação mental e da imaginação em um contexto não espacial através da ativação de um mapa cognitivo no córtex entorrinal.

"Os mapas cognitivos estão sendo recrutados para realizar navegação mental, sem qualquer entrada sensorial ou saída motora. Conseguimos ver uma assinatura deste mapa apresentando-se à medida que o animal passa por essas experiências mentalmente", explicou  Mehrdad Jazayeri, professor associado de ciências cerebrais e cognitivas do MIT e autor sênior do estudo.

Muitos artigos anteriores demonstraram que as representações de localizações físicas são armazenadas no hipocampo e no córtex entorrinal. Essas informações são ativadas quando um animal se move em um espaço que já visitou antes ou durante o sono.

No novo estudo, os pesquisadores capacitaram animais para usar um joystick para traçar um caminho por meio de uma sequência de imagens. Durante o treinamento, os animais viram apenas um subconjunto das imagens. Após aprenderem a navegar pelos pares de imagens, os bichos foram testados com novas figuras que nunca haviam visto antes.

Os resultados mostraram que os animais foram capazes de navegar mentalmente entre os novos pares de imagens desde a primeira vez que foram testados, sugerindo a presença de um mapa cognitivo. Os pesquisadores também investigaram a atividade neural no córtex entorrinal enquanto os animais realizavam a tarefa, revelando padrões distintos de atividade associados à representação mental dos pontos de referência.

 


Fonte: correiobraziliense

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