Após uma semana que abalou o mercado no Brasil, com declarações negativas de membros do governo federal sobre as perspectivas econômicas e o cenário fiscal, analistas do mercado financeiro voltaram a olhar com mais pessimismo para os principais indicadores financeiros do país. No relatório de mercado publicado nesta segunda-feira (17/6), pelo Banco Central (BC), as estimativas de inflação, câmbio e juros tiveram mais um aumento.
Segundo o boletim, divulgado semanalmente, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — principal referência para a inflação no país — deve encerrar 2024 em 3,96%, e chega cada vez mais próximo do patamar de 4%. Na semana passada, o relatório previa um aumento de 3,9%; há um mês, as projeções estavam em 3,8%.
Nesse contexto, o mercado também revisou as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. Neste ano, as projeções indicam que a economia deve crescer 2,08%, o que representa uma ligeira queda na comparação com a última análise feita pelos economistas, que apontavam para um crescimento de 2,09% do PIB. Para os próximos anos, as previsões se mantiveram em 2%.
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O relatório também mostrou uma revisão nas projeções para a Selic, taxa básica de juros, nos próximos dois anos. Em semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado espera que o Banco Central mantenha a taxa no mesmo patamar atual, de 10,5% ao ano, até dezembro. Para 2025, a previsão subiu de 9,25%, na semana passada, para 9,5% nesta última análise.
Também houve aumento das estimativas para o câmbio do dólar. Na semana passada, a moeda norte-americana atingiu o maior valor (R$ 5,40) em mais de um ano no país. Diante disso, o mercado elevou a projeção do câmbio para os próximos quatros anos e revisou a estimativa de 2024, de R$ 5,05, na semana passada, para R$ 5,13, neste último boletim.
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