04 de Julho de 2024

Copa América 2024: quais as chances do Brasil e de outros países serem campeões


Dizem que a matemática não falha, mas também que até o árbitro apitar o fim, nada (absolutamente nada) está decidido.

A BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, recorreu às estatísticas fornecidas pela empresa de análise esportiva Opta para saber quem pode ganhar a Copa América 2024, realizada nos Estados Unidos.

Esta edição do torneio de futebol, que começa nesta quinta-feira (20/6), com o jogo entre Argentina e Canadá, será a maior da história.

O campeonato, que é o torneio de seleções mais antigo do planeta, terá a participação de dez equipes da América do Sul e seis da Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf).

Para uma visão mais completa de quem ganhará o torneio, o modelo de previsão da Opta estima a probabilidade do resultado de cada partida (vitória, empate ou derrota), utilizando as probabilidades do mercado de apostas e suas próprias classificações das equipes.

As probabilidades e classificações são baseadas em desempenhos históricos e recentes das seleções.

O modelo leva em consideração a força do oponente e a dificuldade do caminho de cade equipe até a final, usando probabilidades de resultados dos jogos, ao mesmo tempo que considera a composição dos grupos e as classificações para as fases eliminatórias.

Não é uma surpresa que a Opta aponte a atual campeã mundial, que também conquistou a última edição da Copa América, como favorita.

A Argentina chega com um histórico de 15 títulos conquistados e é liderada por uma lenda: Lionel Messi, que, aos 36 anos, disputará seu último torneio continental.

A Albiceleste, à qual a Opta dá 32% de chances de vitória, também conta com outras estrelas, como Alexis Mac Allister, Rodrigo De Paul e Julián Alvárez.

O técnico Lionel Scaloni e seus jogadores têm diante de si a missão de realizar uma façanha que o passado lhes negou.

Após vencer a Copa do Mundo de 1978, a Argentina não conseguiu conquistar a Copa América de 1979, vencida pelo Paraguai. Após o retorno com a Copa do Mundo de 1986, também não conquistou o torneio continental, sendo o Uruguai o campeão em 1987.

Talvez 2024 seja diferente. No Grupo A, a Argentina é acompanhada por Chile, Peru e Canadá.

A seleção brasileira chega aos Estados Unidos com um histórico recente atravessado na garganta. Na última Copa América, chegou à final, mas foi derrotada pela Argentina em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro.

Além disso, depois de começar a Copa do Mundo do Catar, em 2022, como uma das favoritas, caiu nas quartas de final para a Croácia e terminou em sétimo lugar. Mas talvez sejam essas decepções que joguem a seu favor.

Além de ter uma história de sucesso no torneio da Conmebol (9 títulos), o Brasil conta com excelentes jogadores que atuam nas principais ligas da Europa. Vinicius Júnior (estrela do Real Madrid e visto por muitos como um forte candidato ao prêmio Bola de Ouro de melhor jogador do mundo), Rodrygo e Gabriel Martinelli são apenas três exemplos.

Além disso, há novos ares na seleção, com o experiente Dorival Júnior assumindo o comando no início deste ano. A análise computacional da Opta calcula 23% de probabilidade Brasil sair vencedor.

Ao lado do Brasil, no grupo D, estão Colômbia, Paraguai e Costa Rica.

A Celeste, assim como a Argentina, já conquistou 15 títulos da Copa América. O último foi em 2011.

Em uma despedida amarga da Copa do Mundo do Catar, o Uruguai foi eliminado na fase de grupos, encerrando o que muitos chamaram de sua geração dourada.

A seleção uruguaia, à qual a Opta atribui 13% de chances de conquistar a final, possui várias fortalezas: uma defesa sólida e figuras destacadas como Federico Valverde, Luis Suárez e Darwin Núñez.

Mas há quem encontre fora de campo uma de suas maiores forças: o veterano treinador argentino Marcelo Bielsa. Conhecido como "El Loco", Bielsa levou o Chile à Copa do Mundo na África do Sul, se tornou um herói no Leeds United e está dirigindo a Celeste desde 2023.

Esse contexto, somado às vitórias no final do ano contra Argentina e Brasil (ambas por 2 a 0) e à recente vitória por 4 a 0 sobre o México, fortalece ainda mais a garra charrua - um apelido dado à seleção em referência aos povos indígenas do território uruguaio.

O grupo C, além do Uruguai, inclui Estados Unidos, Bolívia e Panamá.

Não há nada melhor do que se sentir em casa.

Os EUA, com 7% de chances de conquistar o título pelas previsões da Opta, sediam a Copa América após vencer a Liga das Nações da Concacaf.

No Catar, conseguiram avançar da fase de grupos, mas foram eliminados pela Holanda nas oitavas de final, terminando o mundial na 14ª posição.

A seleção americana possui uma equipe sólida com jogadores atuando em ligas da Europa, como Christian Pulisic, Tyler Adams e Weston McKennie.

De fato, há quem acredite que essa seleção nunca reuniu tanto talento quanto agora.

No entanto, o técnico Gregg Berhalter não pode confiar apenas em seus jogadores ou no apoio da torcida, especialmente após ter perdido recentemente em casa por 5 a 1 para a Colômbia.

Embora a Opta dê apenas 6% de chances à Colômbia de vencer o torneio, muitos especialistas consideram a seleção colombiana uma das candidatas mais fortes.

Os colombianos estão invictos há mais de 20 jogos. Em março, venceram a Espanha por 1 a 0 em um amistoso no estádio de Wembley, em Londres. Poucos dias depois, derrotaram a Romênia por 3 a 2, equipe que na segunda-feira (17/06), venceu a Ucrânia por 3 a 0 na Eurocopa.

O treinador argentino Néstor Lorenzo conta com estrelas como Luis Díaz e Rafael Santos Borré, além de um veterano que, embora não tenha sido convocado na última edição do torneio, pode ser crucial: James Rodríguez, atualmente atleta do São Paulo.

A Colômbia, que conquistou a Copa América em 2001, não se classificou para a última Copa do Mundo, mas seu estilo ofensivo e a nova geração de jogadores prometem apresentar um bom desempenho em campo.

Segundo as projeções da Opta, há seis países que terão muita dificuldade para passar da fase de grupos.

Com uma probabilidade inferior a 27%, estão: Paraguai, Costa Rica, Canadá, Panamá, Jamaica e Bolívia.

Aliás, para esses três últimos países, a Opta deu probabilidade zero de conquistar o troféu.

A situação é mais aberta no Grupo A, onde tudo indica que o adversário da Argentina sairá do clássico do Pacífico. Segundo as projeções da Opta, o Chile tem 48% de chances de avançar para as quartas de final, enquanto o Peru tem 35%.

Ambos devem estar atentos à seleção canadense, que foi a única dos três países a participar da última Copa do Mundo, no Catar.

No entanto, é improvável que uma dessas três seleções chegue à final em 14 de julho ou levante o troféu.

Situação semelhante ocorre no Grupo B. O México aparece como favorito, com 69% de chances de avançar para as quartas de final, seguido de perto pelo Equador, com 65%.

A Venezuela está mais distante, com 39%, mas o bom momento da Vinotinto e as dúvidas recentes sobre a seleção mexicana tornam o Grupo B o mais incerto da Copa.

As probabilidades mudam a partir das quartas de final em diante, em relação às chances de conquistar o título. A Opta atribui ao México a mesma probabilidade de vencer o campeonato que atribui à Colômbia: 6%. Para o Equador, projeta 5%, e para a Venezuela, apenas 1%.

Fonte: correiobraziliense

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